Sustentabilidade em Suape

O Complexo Portuário e Industrial de Suape é considerado como propulsor do desenvolvimento regional. Mas esse mesmo equipamento tem fama de destruidor ambiental, sendo o mais provável responsável pelos ataques de tubarões na costa de Pernambuco. Se constrói de um lado e destrói do outro, o paradoxo Suape merece atenção.

Noticia-se muito sobre os investimentos que chegam ao complexo, os avanços trazidos para a industrialização e geração de empregos, mas, será que sua gestão tem realmente virado as costas para os problemas ambientais e ignorado as demandas ESG?

O podcast Diario Econômico que está no ar explora o tema. Carlos Cavalcanti, diretor de Sustentabilidade de Suape, nos conta sobre as ações ambientais em curso no complexo e até sobre a ideia de usar a tecnologia blockchain para criação de uma moeda própria. 

O sequestro de carbono é uma pauta muito contemporânea e nela, governos e empresas precisam conter a emissão de gases do efeito estufa. Suape busca medidas de adaptação a essas condições e lançou o Programa Suape Carbono Neutro, um dos temas de destaque da nossa conversa. 

O programa pretende equalizar as emissões de gases do efeito estufa porque Suape tem, predominantemente, operações de combustíveis fósseis. “Temos sequestro de carbono acontecendo ali do lado, na mata, mas não está inventariado. Vamos inventariar emissões e sequestros”, explicou.

Cavalcanti diz que a narrativa de que o porto estabeleceu uma grande degradação ambiental tem que ser contestada. “Porque o planejamento estabelecido no final da década de 60, concebeu um cinturão verde para proteger as movimentações industriais e portuárias da pressão das cidades”.

“Suape tem 4 unidades de conservação, e de fato há proteção ambiental rigorosa, porque são unidades de conservação estabelecidas pelo órgão gestor, a CPRH. Hoje podemos apresentar um legado de planejamento e colocar esses ativos ambientais dentro de um tabuleiro econômico”, diz.

Convido você a ouvir o podcast Diario Econômico desta semana para saber tudo isso e ainda como a tecnologia blockchain vem sendo usada para dar segurança aos trabalhos ambientais em Suape. E entenda como isso se conecta ao projeto de geração de hidrogênio verde. Acesse nos links abaixo: