Diario Econômico

Afinal, qual é o risco Brasil?

Agência de análise de risco Moody's elevou a nota do Brasil, que agora está a um passo do grau de investimento

Publicado em: 03/10/2024 08:00 | Atualizado em: 02/10/2024 23:04

 (Pexels/Pixabay)
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Os mercados financeiros brasileiro e internacional não estão falando a mesma língua, pelo menos em relação à economia e  ao futuro no Brasil. Enquanto os agentes do mercado nacional seguem vendo com desconfiança a situação econômica e profetizando o abandono do arcabouço fiscal, a agência de análise de risco Moody's, uma das três maiores do mundo, elevou a nota de risco do Brasil de Ba2 para Ba1 na última terça-feira (1), colocando o país a um passo do “grau de investimento”.

No último mês de julho, a Fitch, outra grande agência  de risco, manteve a sua avaliação da economia nacional em BB, a dois passos do grau de investimento. Em dezembro do ano passado, a S&P Global Ratings, que completa a tríade das análises de risco, também revelou um certo otimismo sobre o futuro da nossa economia, mas ainda reconhecendo um grau de incerteza em relação ao futuro.

Na vida real, isso significa que o Brasil caminha para atrair investimentos estrangeiros sólidos e não apenas especulativos, que são aqueles que entram no país, auferem lucros e levam o dinheiro para outros mercados. As notas das agências de risco são uma espécie de barômetro para o mercado financeiro internacional, indicando onde é seguro aportar seus dólares sem sobressaltos. E por que obter o “grau de investimento” é tão sonhado pelo governo brasilero? Pois bem, com essa classificação, os juros ficam mais baixos e o financiamento da dívida mais barato, além do aporte de mais recursos estrangeiros impulsionando o crescimento da economia e a geração de empregos. 

Foco na reforma, no PIB e no arcabouço fiscal
Para as agências de risco, a reforma tributária, o arcabouço fiscal, as finanças externas fortes e a baixa parcela da dívida em moeda estrangeira foram os primeiros sinais positivos da economia brasileira. Em seu relatório, a Moody’s acrescentou o crescimento do PIB acima das expectativas e sua resiliência aos juros altos. Fica a pergunta: as agências estão otimistas porque estão distantes ou somos nós que não conseguimos enxergar porque estamos muito envolvidos aqui dentro?

Feira têxtil nos EUA
O Texbrasi vai levar 37 empresas brasileiras para a Coterie NY, feira mais importante depois da New York Fashion Week. A camisaria pernambuca Marie Mercié estará na delegação.

Lançamento e novo CFO
A MaxPlural programa novos lançamentos no estado, incluindo condomínios no Litoral Sul e no Recife. Marcos Lavor, novo CFO da empresa, estará focado nas operações financeiras.

Sudene aprova incentivos fiscais para a Aena
A Sudene aprovou, em reunião do colegiado, a concessão de incentivos fiscais para a Aena, concessionária que administra o Aeroporto Internacional do Recife. A empresa relatou um investimento de R$ 517 milhões no terminal do Recife, de um total de R$ 933,8 milhões nos seis aeroportos que fazem parte do bloco arrematado pela empresa em 2019.