COLUNA

TPM masculina: a síndrome do homem irritável

Condição ocorre quando o nível do hormônio testosterona é reduzido, tendo forte relação com o estresse e fatores emocionais

Publicado em: 12/09/2023 10:09 | Atualizado em: 12/09/2023 10:16

 (Foto: Freepik)
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Afinal, existe a TPM masculina? Obviamente o homem não possui tensão pré-menstrual, pois não tem útero, muito menos menstruação. Contudo, ele possui variações hormonais, que causam sintomas parecidos com a TPM feminina, originando a Síndrome do Homem Irritável (SHI). Ocorre quando o nível do hormônio testosterona é reduzido, tendo forte relação com o estresse e fatores emocionais. 

A partir dos trinta anos, a testosterona começa a diminuir no homem, cuja quantidade, todos os dias, aumenta de manhã e cai à noite. Os indicadores também podem sofrer variação de um dia para outro. Essa flutuação hormonal pode causar depressão, fadiga e alterações de humor, como extrema irritabilidade. A testosterona regula muita coisa no corpo do homem, como a massa muscular, os pelos faciais, a voz profunda e o desejo sexual. 

Conforme os anos vão passando, é normal que a quantidade de testosterona produzida pelo corpo masculino comece a diminuir. Homens de meia-idade também podem apresentar esses sintomas, quando os níveis testosterônicos naturais começam a cair. Essa condição, chamada de andropausa, também é conhecida como menopausa masculina. Portando, a SHI, popularmente conhecida como TPM masculina, costuma acontecer nos seguintes casos: 

  • Idade (como já foi mencionado,os níveis de testosterona do homem começam a diminuir a partir dos 30 anos)
  • Estresse
  • Mudanças na dieta ou peso
  • Doença
  • Privação de sono
  • Distúrbios alimentares
                
A TPM masculina se apresenta de três formas:

Irritável: o sintoma mais perceptível, em que até pequenas coisas podem provocar frustrações e raiva profunda;

Reativo: esse tipo é um pouco mais complexo. Devido às reações intensas, a pessoa pode começar a ter comportamentos abusivos, resultando em problemas e conflitos nos relacionamentos;

Retirada: nesse caso, o homem se isola e perde a vontade de interagir, podendo até abandonar seus relacionamentos e compromissos mais importantes. 
                     
Os sintomas são  bastante parecidos com os da TPM feminina: 

  • Fadiga;
  • Confusão ou nebulosidade mental;
  • Depressão;
  • Raiva;
  • Baixa autoestima;
  • Baixa libido (desejo sexual);
  • Ansiedade;
  • Hipersensibilidade.
  • Problemas de comportamento e humor;
  • Mau humor;
  • Agressividade;
  • Impaciência;
  • Melancolia;
  • Emotividade;
  • Tensão;
  • Desânimo ou tristeza;
  • Estresse em casa ou no trabalho;
  • Sensação de estar sobrecarregado;
  • Ciúmes excessivos;
  • Diminuição do desejo sexual.
               
Se seis ou mais destes sintomas estiverem presentes, durarem mais de quatorze duas e interferirem significativamente na vida do homem, é possível que se trate de SHI. A confirmação vem através de um exame de sangue, que mede a quantidade de testosterona. Mesmo assim, é importante procurar um médico clínico geral ou um psiquiatra, para que ele diferencie esta síndrome de outros transtornos ou doenças, como ansiedade generalizada ou distimia, por exemplo. 

O tratamento pode ser feito através de terapia e medicamentos antidepressivos. Também existem formas naturais que ajudam a aumentar a testosterona, como alimentos ricos em zinco, vitamina A (como manga, espinafres, tomate ou óleo de peixe), fazer atividades físicas e dormir bem. Ademais, consumir alimentos ricos em vitamina D, como salmão ou sardinhas. 

A exposição ao sol diariamente, antes das 11h e depois das 16h, durante pelo menos uma hora também ajuda. Os níveis de testosterona diminuem depois de ingerir açúcar. Portanto, evite-o e aproveite para diminuir o álcool e apostar nestes alimentos: ostras, ovos, carne de vaca, alho e brócolis, que são conhecidos por promoverem a produção de testosterona.

Pesquisa atualizada sobre as mulheres brasileiras 
 
 (Foto: Freepik)
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Uma pesquisa realizada pela ONG Think Olga afirma que 45% das mulheres brasileiras possuem um diagnóstico de ansiedade, depressão ou outros tipos de transtornos e 86% consideram ter muita carga de responsabilidades. O estudo foi feito com 1.078 mulheres, entre 18 e 65 anos, em todo Brasil, entre 12 e 26 de maio de 2023. Ele mostra que 26% das mulheres declararam que os padrões de beleza impostos impactam negativamente na saúde mental. 

Ademais, o medo de sofrer violência é citado por 16% das respondentes. A situação financeira e capacidade de conciliar os diferentes aspectos da vida têm as menores notas de satisfação entre as entrevistadas. Em uma classificação de 1 à 10, a vida financeira recebeu a classificação 1,4, já para a capacidade de conciliação das diferentes áreas da vida, a nota ficou em 2,2. As mulheres informaram que são as únicas ou principais provedoras em 38% dos lares — em sua maior parte, negras, da classe D e E e com mais de 55 anos de idade. Somente 11% das entrevistadas dizem não contribuir financeiramente para a manutenção de suas famílias. 

Como já foi mencionado,  a maioria considera ter muita carga de responsabilidades. As cuidadoras e mães-solo também são as mais sobrecarregadas com as tarefas domésticas e de cuidado, com 51% das mães e 49% das cuidadoras apontando a situação financeira restrita como o maior impacto na saúde mental.

Demissão para assédio sexual na administração pública
 
 (Foto: Freepik)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que determina punição com demissão para casos de assédio sexual na administração pública. O documento passa a valer para todos os seguimentos do serviço público federal. 

Até então, os casos de assédio sexual eram enquadrados ou como violação aos deveres do servidor (com penalidade mais branda) ou como violação às proibições aos agentes públicos (sujeita a demissão). O parecer tem como objetivo uniformizar a aplicação de punições, conferindo segurança jurídica no tratamento disciplinar. 

Ele ainda prevê que não é necessário haver superioridade hierárquica entre o agressor e a vítima, mas pontua que o cargo deve exercer um papel relevante na dinâmica da ofensa. 

Rejuvenescimento com sêmen de salmão 
 
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Os cosméticos com esperma de salmão já se tornaram uma tendência na Coreia do Sul, país conhecido pelos excelentes tratamentos de beleza. O sêmen de salmão ou seu derivado, chamado de PDRN, está registrado na lista de produtos divulgados pela Anvisa como inadequado para uso cosmético. Portanto, não é permitido o uso injetável na pele, apenas aplicação tópica. 

É um tratamento usado na Ásia por décadas e foi aprovado para esse uso tópico no Brasil recentemente. Sendo assim, só pode ser utilizado na formulação de cremes, por exemplo. A substância chamada de polydeoxyribonucleotides, o PDRN, é composta por uma série de moléculas bioativas extraídas do DNA deste esperma. 

Quando aplicado topicamente, o principal benefício da substância é a reparação da barreira cutânea, o que leva à uma melhora da hidratação e à redução da inflamação. Graças às suas propriedades regenerativas, consegue contribuir para a cicatrização e para o estímulo de fibroblastos, responsáveis pela produção de colágeno, elastina e ácido hialurônico, componentes fundamentais para a manutenção da beleza e jovialidade da pele.

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