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Transtorno de personalidade esquiva: o medo da rejeição, crítica e humilhação
Navegando nas complexidades do transtorno de personalidade esquiva: medos profundos de rejeição, crítica e humilhação, e estratégias para enfrentar desafios sociais
Quem possui o transtorno de personalidade esquiva tem pavor a rejeição, críticas ou humilhação, evitando qualquer situação que implique vivenciar tais reações. Essas ocasiões englobam o contato interpessoal, devido ao medo da falta de aprovação ou sensação de que é uma pessoa socialmente inepta, inadequada, desagradável ou inferior aos outros.
Fatores genéticos podem contribuir para o desenvolvimento desse transtorno, quando o indivíduo sente uma ansiedade inata em situações sociais. Também é possível que a origem esteja na rejeição e marginalização durante a infância. Esquiva em situações sociais já foi, inclusive, detectada em crianças com aproximadamente dois anos de idade. Algumas características de quem possui esse transtorno: %u2028
- Pressupõe que será alvo de críticas e desaprovação, até ter evidência clara e indiscutível provando o contrário. Assim, precisa receber, repetidamente, uma garantia de que terá apoio e aceitação sem críticas;
- Relutância em falar sobre si, por temer ridicularização ou humilhação;
- Dificuldade de assumir riscos ou participar de novas atividades, por recear as mesmas reações acima. Assim, exagera os perigos e usa sintomas mínimos ou outros problemas para explicar a falta de participação;
- Preferência por um estilo de vida limitado, pela necessidade de segurança e certeza;
- Sensibilidade extrema a críticas, à falta de aprovação ou à ridicularização;
- Recusa de uma promoção por temer que os colegas de trabalho critiquem;
- Evita fazer novos amigos, a menos que tenha certeza de que a pessoa vai gostar dela;
- A pessoa fica atenta a qualquer sinal de resposta negativa a ela. Desta forma, sua aparência tensa e ansiosa pode provocar zombaria ou ridicularização, o que parece confirmar suas próprias dúvidas;
- Baixa autoestima e um senso de inadequação inibem essas pessoas em situações sociais, especialmente as novas.
A pessoa não permite se envolver completamente nas interações com novas pessoas. Tende a ser quieta e tímida, porque acha que se disser alguma coisa, os outros dirão que isso está errada. Há vontade de interagir socialmente, mas o medo de colocar o bem-estar nas mãos dos outros é maior.
O tratamento pode ser realizado com:
- Terapia cognitiva-comportamental em grupo, com enfoque na aquisição de habilidades sociais;
- Outras terapias em grupo, com o mesmo objetivo acima;
- Terapias individuais;
- Antidepressivos, inibidores seletivos de recaptação da serotonina;
- Medicamentos ansiolíticos, para ajudar a reduzir a ansiedade perante as situações sociais.