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Como traumas na infância moldam a vida adulta

Estudos revelam que experiências adversas na infância aumentam em até 30% o risco de desenvolver transtornos como ansiedade e depressão

Os primeiros anos de vida são fundamentais na formação da personalidade, especialmente entre zero e sete anos, quando o cérebro está em plena fase de desenvolvimento e as experiências deixam impressões profundas. Durante esse período, a criança é, particularmente, vulnerável a traumas e adversidades. Por exemplo, o abuso ou negligência podem gerar a chamada “criança interior ferida”, que representa cicatrizes emocionais que, se não curadas, impactam a vida adulta. 

Estudos realizados pela Universidade de Harvard revelam que cerca de 60% dos adultos passaram por experiências adversas na infância e que isso aumenta em até 30% o risco de desenvolver transtornos como ansiedade e depressão. A Universidade de Londres identificou que traumas vividos antes dos sete anos estão diretamente ligados a dificuldades com a autoestima e na criação de vínculos afetivos na fase adulta. 

A criança interior ferida carrega uma busca inconsciente por preencher lacunas emocionais deixadas no início da vida, muitas vezes resultando em comportamentos autossabotadores, dependência emocional e padrões de relacionamento disfuncionais.

A psicologia moderna, ciente da importância desses traumas iniciais, tem dado atenção ao conceito de cura da criança interna, um processo terapêutico que visa ressignificar o passado e fortalecer a autoestima. Um estudo da Universidade de Toronto aponta que terapias focadas no resgate da criança interior, contribuíram para uma melhora de até 40% no bem-estar emocional dos participantes, com significativa redução de padrões negativos de comportamento e melhoria nas relações interpessoais. Essas terapias incluem abordagens como a terapia cognitivo-comportamental e o desenvolvimento da autocompaixão, proporcionando ao adulto a capacidade de entender e acolher sua criança interior com empatia.

Cuidar das marcas da infância permite ao adulto um novo início, onde o passado se torna uma fonte de aprendizado e autoconhecimento, abrindo caminho para uma vida adulta mais plena e equilibrada. Ao acolher a criança interior, cada pessoa pode romper com ciclos de dor e reconstruir sua relação consigo, transformando feridas em autoconfiança e resiliência.


Em um gesto histórico, parlamentares brasileiras entregaram a chamada “Carta de Alagoas” aos presidentes dos parlamentos dos países do G20. O documento, elaborado durante um encontro em Maceió, Alagoas, reforça o compromisso com a igualdade de gênero e a inclusão das mulheres em espaços de decisão política. A iniciativa, apoiada por deputadas e senadoras de diversas correntes políticas, visa ampliar o papel feminino nas decisões globais, ressaltando a urgência de ações concretas para reduzir a disparidade de gênero em várias esferas da sociedade.

A Carta de Alagoas apresenta demandas específicas, como a criação de políticas públicas voltadas à proteção dos direitos das mulheres, a promoção de condições iguais no mercado de trabalho e a necessidade de maior representação feminina nos parlamentos e em instâncias de poder. Além disso, o documento destaca a importância de políticas de combate à violência de gênero e de apoio ao empreendedorismo feminino como pilares para uma sociedade mais justa e equitativa.

A entrega do documento ao G20 não é apenas um símbolo, mas um pedido de compromisso ativo dos líderes globais. Em um mundo onde as desigualdades persistem, a Carta de Alagoas representa a voz das mulheres que aspiram por um espaço seguro e digno, em que possam contribuir plenamente para o desenvolvimento econômico, político e social.


As parlamentares ressaltam que as mulheres, por estarem diretamente envolvidas na proteção e no sustento das famílias e comunidades, possuem uma perspectiva única sobre os efeitos locais das mudanças ambientais. Muitas atuam na linha de frente durante situações de emergência, desempenhando um papel essencial na resiliência das comunidades. Essa vivência oferece uma visão prática sobre os desafios e as soluções necessárias para lidar com as mudanças climáticas de forma eficaz.

Ao reivindicar maior representatividade feminina nas discussões climáticas, as parlamentares do G20 sugerem que políticas ambientais inclusivas, que considerem a realidade das mulheres, podem trazer respostas mais amplas e adaptadas aos desafios globais.

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