Clouds28° / 28° C

COLUNA

Geração Algoritmo: como a tecnologia decide o que pensamos e fazemos

Vivemos em uma era onde as decisões que moldam nossas vidas são tomadas por uma entidade silenciosa: os algoritmos

Publicado em: 19/11/2024 08:23 | Atualizado em: 19/11/2024 08:37

 (Crédito: Freepik)
Crédito: Freepik

Os impactos são profundos, porque várias redes sociais são projetadas para prender nossa atenção, oferecendo doses constantes de dopamina em forma de likes e visualizações. Diante disso, estudos mostram que a Geração Algoritmo é mais ansiosa, deprimida e menos autônoma do que qualquer outra geração. Portanto, existe a grande possibilidade de estarmos vivendo sob o peso de expectativas impostas por um sistema, que transforma nossa vida em um espetáculo de aprovação digital.

Sob a influência dessa força poderosa e invisível, a noção de liberdade para a Geração Algoritmo se redefine, pois as bolhas de informação, criadas por códigos, polarizam debates, destroem a empatia e alimentam extremismos. Esse domínio, cada vez mais enraizado, transforma comportamentos, decisões e, provavelmente, até o futuro da humanidade em produtos comercializáveis. Talvez estejamos diante de uma escravidão invisível.  

 (Crédito: Freepik)
Crédito: Freepik
 
Medidas protetivas da Lei Maria da Penha não têm mais prazo de validade

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) consolidou um entendimento histórico ao decidir que as medidas protetivas de urgência, previstas na Lei Maria da Penha,  não possuem prazo de validade. A decisão assegura que as vítimas de violência doméstica e familiar terão proteção contínua, sem depender de prazos que possam comprometer sua segurança.

As medidas protetivas, como o afastamento do agressor, a proibição de contato ou a aproximação, são ferramentas fundamentais para preservar a integridade física e emocional das mulheres. Antes dessa decisão, havia interpretações que limitavam o tempo de vigência dessas medidas, colocando as vítimas em situação de vulnerabilidade ao término do prazo. Agora, cabe ao juiz analisar caso a caso e determinar quando essas medidas podem ser revistas ou suspensas, garantindo uma proteção que respeita as especificidades de cada situação.

A decisão do STJ reconhece que o perigo para as mulheres vítimas de violência pode não desaparecer com o tempo e que muitas delas enfrentam ameaças constantes, mesmo após denunciarem seus agressores. Dados mostram que o Brasil registra altos índices de feminicídios. Assim, medidas protetivas são muitas vezes a única barreira entre a vida e a morte para milhares de mulheres.
 
 (Crédito: Freepik)
Crédito: Freepik
 
Goiânia aprova distribuição gratuita de sutiãs pós-mastectomia 

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou um projeto pioneiro,  que institui a distribuição gratuita de sutiãs pós-mastectomia para mulheres que enfrentaram o câncer de mama. A iniciativa, além de uma ação de saúde pública, é um gesto de respeito à dignidade feminina e ao processo de recuperação física e emocional dessas pacientes.

O programa permitirá que a prefeitura firme parcerias com organizações da sociedade civil, instituições de saúde e empresas privadas, garantindo que a política não apenas seja implementada de forma eficiente, mas que tenha alcance sustentável e contínuo. Os sutiãs distribuídos são projetados para oferecer conforto e suporte adequado, ajudando na recuperação pós-cirúrgica e na reintegração da mulher à sua rotina.

Esse avanço é um alívio para muitas mulheres que enfrentam dificuldades financeiras após o tratamento, marcado por custos elevados e impacto psicológico significativo. Estudos apontam que o câncer de mama é o tipo mais comum entre as brasileiras e que a reconstrução da autoestima é um passo crucial para o bem-estar das sobreviventes.

Mais do que um benefício prático, o projeto reflete a sensibilidade em compreender que o enfrentamento ao câncer vai além do corpo – é uma luta pela identidade, pelo direito de se sentir inteira e amparada. Goiânia desponta como exemplo para o país, reafirmando que políticas públicas inovadoras são possíveis quando há diálogo entre diferentes setores da sociedade. Que esse seja apenas o começo de uma rede de cuidados mais ampla e inclusiva.

Mais Colunas