COLUNA

PIB deve crescer 1,1% no 3º trimestre

Em setembro, o IBC-Br, considerado como uma prévia do PIB, subiu 0,8% em relação a agosto, marcando o segundo mês consecutivo de alta
Por: Ecio Costa

Publicado em: 18/11/2024 07:12

De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado como uma prévia do PIB, a economia brasileira apresentou crescimento de 1,1% no terceiro trimestre. O resultado veio acima das projeções dos analistas, que esperavam estabilidade. No acumulado do ano, o índice apontou alta de 3,3%, enquanto o crescimento nos últimos 12 meses foi de 3,0%.

Em setembro, o IBC-Br subiu 0,8% em relação a agosto, marcando o segundo mês consecutivo de alta. Em comparação com setembro de 2023 o avanço foi ainda mais expressivo, registrando crescimento de 5,1%, na série sem ajuste sazonal. Já em comparação com o terceiro trimestre do ano anterior, o crescimento foi de 4,7%.

O IBC-Br continua sendo uma ferramenta relevante para o acompanhamento da economia até a divulgação oficial do PIB pelo IBGE. O índice combina informações da indústria, varejo, serviços, agropecuária e arrecadação tributária, sendo fundamental para decisões do Banco Central, especialmente sobre alterações na Selic.

O Volume de vendas do varejo ampliado bateu recorde da série histórica, com crescimento de 1,8% em setembro. O comércio varejista, por sua vez, cresceu 0,5% no mesmo mês, após queda de 0,2% no mês anterior, igualando ao volume recorde atingido em maio. Na comparação com setembro de 2023, o volume de vendas do varejo avançou 2,1%. No acumulado de 2024, o comércio varejista registrou crescimento de 4,8%, enquanto nos últimos 12 meses, teve alta de 3,9%.

O volume do Setor de Serviços chegou ao maior patamar de série histórica em setembro. O setor de serviços apresentou um crescimento de 1,0% no mês de setembro em relação a agosto. Com este desempenho, o setor alcançou um novo recorde histórico, situando-se 16,4% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.

A indústria brasileira apresentou recuperação em setembro. A produção industrial avançou 1,1% na comparação com agosto, segundo o IBGE. Esse é o segundo mês consecutivo de alta, após o crescimento de 0,2% registrado em agosto em relação a julho. No acumulado de 12 meses, o setor industrial expandiu 2,6% e, no ano, 3,1%.

O desempenho positivo do IBC-Br no terceiro trimestre reflete um crescimento contínuo da economia, que já havia registrado alta de 1,4% no PIB do segundo trimestre, conforme os dados oficiais do IBGE para varejo, serviços e indústria. O bom desempenho continua sendo puxado pelo setor de serviços, que bateu recorde no seu volume em setembro e representa mais de 70% do PIB pelo lado da oferta; e, pelo consumo das famílias, impulsionado pelo crédito e expansão fiscal, e que representa mais de 60% do PIB pelo lado da demanda.