A vacina contra as doenças causadas pelo mosquisto Aedes aegypti foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta segunda-feira. A autorização, publicada no Diário Oficial da União, permite o fabricante Sanofi Pasteur a comercializar a vacina Dengvaxia contra quatro tipos da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). No ínicio deste mês, o México e as Filipinas também aprovaram o uso do medicamento.
A vacina levou 20 anos para ser elaborada. Participaram dos testes mais de 40 mil pessoas pelo mundo — sendo que 29 mil tomaram o medicamento —, de 15 países, incluindo o Brasil. O estudo sobre a eficácia do remédio foi publicado no The New England Journal of Medicine, em julho deste ano. O Brasil é o terceiro país a aprovar o uso da vacina, após o México e as Filipinas.
Inicialmente, o medicamento será disponibilizado para a rede particular de laboratórios. Definido o preço, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS vai avaliar se vale a pena incorporar o produto ao sistema público de imunizações. O governo vai avaliar custo, efetividade e impactos epidemiológico e orçamentário da incoporação da vacina ao Sistema Único de Saúde.
“Dengvaxia tem o potencial de reduzir significativamente as enfermidades causadas pela dengue e ajudar o Brasil a alcançar as metas de redução da doença para 2020 da Organização Mundial da Saúde”, disse, em nota, Guillaume Leroy, vice-presidente da divisão da Vacina da Dengue do laboratórioSanofi Pasteur.
O medicamento apresenta um índice de proteção de cerca de 66%. O grupo brasileiro teve uma resposta maior aos testes, mas a média foi influenciada por um grupo da Tailândia que não reagiu bem ao antídoto. Nas pesquisas, constatou-se que a vacina preveniu a hospitalização em 80% dos casos e diminuiu em 93% a ocorrência da dengue hemorrágica. O Brasil registrou mais de 1,5 milhão de casos de dengue até o final de novembro, com mais de 800 mortes.
A vacina é produzida em uma fábrica em Lyon, na França, com capacidade de desenvolver 100 milhões de doses por ano. As áreas endêmicas terão prioridade.
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