Minas Gerais

Agressão a tiros contra cadela virou caso de polícia

Animal foi encontrado agonizando e com perfurações na face. Exame apontou estilhaços de metal, típico de arma cartucheira. Cadela foi levada para clínica particular e está internada

Publicado em: 25/07/2018 20:28 | Atualizado em: 25/07/2018 20:48

Cadela que era vista com frequência nas obras na estrada foi encontrada agonizando
(foto: SGPAN/Divulgação)
Ativistas, defensores dos animais, registraram boletim de ocorrência da agressão a tiros a uma cadela, que era vista constantemente circulando pela obra da estrada que liga Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Barão de Cocais, Região Central. O animal foi encontrado com ferimentos no lado esquerdo da face, com perfurações  aparentemente causadas por disparos de arma de fogo do tipo cartucheira.
 
O caso foi denunciado pela Sociedade Galdina Protetora dos Animais e da Natureza de Caeté (SGPAN), que registou o BO. A entidade pretende também acionar o Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Maus-tratos a animais é crime de acordo com legislações de vários municípios, do estado e federal.

De acordo com informações da SGPAN, na tarde desta terça-feira, algumas pessoas ouviram o choro da cadela e, ao verificarem, constataram os ferimentos. A médica veterinária de animais silvestres Paula Senra, que trabalha na obra, a socorreu e a levou para uma clínica particular em Caeté.

O médico veterinário Marlon Mendes a examinou e informou que ela chegou com sangramento no nariz e boca, perfurações no lado esquerdo da face, na língua e uma no lado direito. “Foram muitos fragmentos ósseos, fraturas dos dentes caninos e molares e susposta lesão no maxilar e mandíbula”, constatou Mendes. 
 
Levado para clínica particular, animal está internado
(foto: SGPAN/Divulgação)
 
O raio X demonstrou fragmentos de metal de diversos tamanhos espalhados na face do animal, que foi internado na clínica de Caeté. É possível que a cadela necessite de cirurgia odontológica em unidade especializada em BH.

De acordo com a ONG, o delegado Guilherme Catão, da Polícia Civil em Caeté, ao ser informado do caso, adiantou que será instaurado procedimento investigativo.

Um grupo de pessoas está fazendo vaquinha para pagar o tratamento da cadelinha. Quem puder ajudar pode deixar doações na clínica em que o animal está internado – na Avenida Mundeus, 51, Bairro Mundeus, em Caeté – ou por meio de depósito bancário na conta da ONG, Caixa Econômica Federal, agência 1441, operação 003, conta-corrente 00001943-2. O CNPJ é o 10431376/0001-04. 
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