A Vale nunca recebeu tanta demanda por informações da mídia como agora, depois que o rompimento de uma barragem da mineradora em Minas Gerais caminha para deixar um saldo de mais de 300 mortos na conta da companhia.
Para tentar salvar a imagem da empresa e prestar informações à mídia, estão mobilizados 60 profissionais de comunicação, que somam os esforços de todos os seus profissionais internos de imprensa e a recém contratada para gestão de crise, Inpress. A Vale conta ainda com o apoio das agências de publicidade Africa e Artplan, que já atendiam a conta da mineradora.
"A Africa e a Artplan são grandes parceiros, mas não estão na gestão da crise. Temos 60 profissionais envolvidos liderados pelo diretor de comunicação Julio Gama, e contando também com a Inpress", explicou a assessoria da Vale.
A preocupação do time de assessores de imprensa escalado para lidar com a tragédia é principalmente ser ágil e transparente na comunicação com a sociedade, por meio dos veículos da mídia que desde sexta-feira (25) lotam caixas postais e telefones da mineradora, quando houve o rompimento da barragem. "Nunca teve uma procura tão grande como agora", informou uma assessora.
Uma das estratégias, iniciada nesta terça-feira (29) será a divulgação de vídeos com explicações de executivos da Vale sempre que for necessário, assim como a distribuição por vídeo das coletivas que forem realizadas. O foco da companhia no momento, porém, é a ação humanitária, explica a Vale, e por este motivo as informações financeiras solicitadas ficarão para um segundo momento.
A Vale não quis comparar o atendimento à mídia no caso de Brumadinho com a de Mariana, alegando que na tragédia ocorrida em 2015, quando morreram 19 pessoas e ocorreu maior desastre ambiental da história do País, a gestão da crise foi realizada por outros profissionais da Samarco, uma joint venture da Vale com a australiana BHP.
Leia a notícia no Diario de Pernambuco