Medo

''É uma situação de medo e insegurança'', diz moradora sobre afundamento do solo em Maceió

Moradores se sentem inseguros e sem saída diante do afundamento da cidade

Publicado em: 04/12/2023 22:55 | Atualizado em: 04/12/2023 23:11

A Defesa Civil de Maceió informou, nesta segunda-feira (4), que o afundamento da mina 18 da Braskem reduziu para 0,25 centímetros por hora (Foto: UFAL)
A Defesa Civil de Maceió informou, nesta segunda-feira (4), que o afundamento da mina 18 da Braskem reduziu para 0,25 centímetros por hora (Foto: UFAL)

Os bairros de Mutange, Bebedouro, Pinheiro, Bom Parto e Farol, em Maceió, se tornaram bairros “fantasmas” após a evacuação dos moradores. Estes tiveram que sair das próprias casas por conta do risco de desabamento recorrente da exploração mineral de sal-gema pela empresa Braskem.

No entanto, o cenário de medo e insegurança se estende para os moradores de outras localidades da cidade, uma vez que a área de risco cresce cada vez mais. “É uma situação de medo, de insegurança, de incerteza, sem falar que isso afeta a nossa vida. As casas foram desocupadas e os comércios também. Se a gente precisa comprar um pão,  a gente tem que ir para outro bairro para poder ter acesso a uma coisa básica”, relata uma moradora do bairro Pinheiro que não quis ser identificada.

De acordo com a moradora, a parte do bairro onde ela mora não foi evacuada por não ser uma zona de risco, mas que “fica sob tensão porque ninguém sabe ao certo o limite dessa tragédia”, completa.

A Defesa Civil de Maceió informou, nesta segunda-feira (4), que o afundamento da mina 18 da Braskem reduziu para 0,25 centímetros por hora. Os registros do último fim de semana mostraram uma diminuição no ritmo de deslocamento vertical da mina de extração de sal-gema: 0,3 centímetro (cm) por hora. Pela manhã, esse número era de 0,7 cm, com um afundamento acumulado de 7,4 cm no final de semana.

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), esteve em Brasília para apresentar um levantamento da situação da capital alagoana por causa do iminente colapso no bairro do Mutange. Segundo o prefeito, os danos causados pela mineração estão pressionando a cidade por serviços de logística, educação, saúde e mobilidade urbana.

Moradores protestam por realocação em bairro próximo a mina em Maceió

Moradores de bairros próximos à mina da Braskem fizeram um protesto na sexta-feira (1º) para reclamar da falta de acordo de compensação para sair dos locais que podem ser afetados pelo possível afundamento da mina de exploração de sal-gema. Eles fecharam todas as vias de acesso ao bairro de Bebedouro.

As comunidades dos Flexais, onde vivem cerca de 3 mil pessoas, estão ilhadas socialmente após o deslocamento de cinco bairros vizinhos desde 2019. Só é possível acessá-las passando pelas regiões que se transformaram em "bairros fantasmas" após o desalojamento da população.
 
Com informações da Agência Brasil. 

Tags: braskem | maceió | mina | solo | afundamento |

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