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Enchentes no RS: frio intenso aumenta o drama dos gaúchos

Meteorologia prevê média de 15°C até o domingo. Primeira-dama Janja faz campanha por agasalhos e cobertores, e temor é porque os abrigos não estão preparados para enfrentar as baixas temperaturas %u2014 sobretudo as manhãs geladas

Primeira-Dama Janja Lula da Silva visita a abrigo em São Leopoldo (RS)

Mais um elemento pode agravar a situação da população do Rio Grande do Sul: o frio. Segundo a Climatempo, a previsão para os próximos dias em todo o estado é de baixas temperaturas, começando a subir apenas no próximo domingo — cuja máxima prevista é de 17ºC. Até lá, média ao longo dos dias é de 15,2°C.

 

Os gaúchos amanheceram, ontem, com um frio recorde neste ano — nada menos que 5°C em média, por volta das 6h. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), quatro das seis menores temperaturas registradas foram no estado: Quaraí (0,2°C), São José dos Ausentes (1ºC), Santana do Livramento (1,9°C) e Vacaria (2°C).

 

O geógrafo Sebastian Fuentes alertou que as baixas temperaturas podem potencializara tragédia dos gaúchos, uma vez que um grande número de pessoas está desalojada e desabrigada, vivendo com condições precárias. "Pessoas que foram resgatadas e estão em abrigos não têm condições de aguentar essa onda de frio. Sobretudo porque elas não têm vestimenta adequada e esse locais carecem de calefação", advertiu. Segundo os serviços de meteorologia, as baixas temperaturas no Rio Grande do Sul nesta época ocorrem por conta de um fortalecimento da chamada Massa Polar Atlântica.

 

Por conta da onda de frio, depois de visitar um abrigo de refugiados em São Leopoldo, a primeira-dama Janja Lula da Silva publicou um vídeo nas redes sociais direcionando as doações aos gaúchos para artigos que resistam às baixas temperaturas. "O frio já chegou ao Rio Grande do Sul e as milhares de pessoas que perderam tudo estão recebendo doações de roupas e cobertores quentinhos para se protegerem das baixas temperaturas. Mas ainda preciso de muito mais", pediu Janja. Segundo ela, a prioridade agora passa a ser a arrecadação são colchões, cobertores e agasalhos.

 

O balanço da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, divulgado ontem, aponta que a tragédia que assola o estado deixou 149 mortos, 108 desaparecidos, 452 municípios afetados, pouco mais de 538 mil desalojados e 76.580 pessoas em abrigos.

 

As informaçõe são do Correio Braziliense.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco