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Quem são e o que dizem os suspeitos presos no caso de órgãos com HIV

Cinco pessoas foram presas até esta segunda feira (21/10). Eles são acusados de participar da emissão de laudos fraudulentos

Conforme apurações da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), a falha nos procedimentos se deu por uma inadequação operacional que comprometeu a segurança do processo

No último domingo (20/10), Adriana Vargas dos Anjos, coordenadora técnica do Laboratório PCS Saleme, foi detida no Rio de Janeiro durante uma operação que investiga a infecção por HIV em pacientes que receberam transplantes. Ela foi a quinta pessoa presa por envolvimento no caso, todos são acusados de participar da emissão de laudos fraudulentos. 

 

Conforme apurações da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), a falha nos procedimentos se deu por uma inadequação operacional que comprometeu a segurança do processo. Essa negligência foi motivada pelo intuito de assegurar lucros ao laboratório. As investigações começaram no último dia 11, após a divulgação de que seis pessoas foram infectadas a partir de dois doadores que tiveram exames com falsos negativos no laboratório. 

 

 

Conheça os suspeitos presos: 

 

Adriana Vargas dos Anjos

 

Presa no último domingo (20), Adriana havia exercido a função de coordenadora técnica no Laboratório PCS Salame e é acusada de ter emitido laudos fraudulentos. Outros membros da equipe afirmam que a ordem para a violação de protocolos, visando aumentar os lucros, partiu dela. Ivanilson Santos, um colega de trabalho que também preso, a acusou de instruir funcionários a reduzir os custos relacionados ao controle de qualidade. De acordo com colegas, a verificação de antígenos, que deveria ser realizada diariamente, passou a ocorrer apenas uma vez por semana sob determinação de Vargas.

 

Durante depoimento, Adriana defendeu que a responsabilidade dela se limitava a supervisionar os técnicos, afirmando que não tinha autoridade para alterar protocolos ou assinar laudos. Em resposta a questionamentos da imprensa, Vargas declarou que a falha que resultou na contaminação de pacientes pelo vírus HIV foi “humana.”

 

[SAIBAMAIS]

 

 

Cleber de Oliveira Santos 

 

Penúltimo dos cinco a ser preso, Cléber foi detido no último dia 16 ao chegar ao Aeroporto do Galeão, no Rio. Santos é biólogo e é acusado por ser o técnico de laboratório responsável pela liberação dos órgãos infectados. Segundo investigações, cabia a ele fazer a análise clínica no material que chegava no laboratório. Em depoimento, Cleber alegou que não era funcionário do PCS Lab Saleme na época dos exames e diz estar surpreso em ver o nome dele e o de outras pessoas nos laudos dos exames. Ainda segundo o ex-funcionário, durante a gestão dele como coordenador sempre exigiu controle de qualidade nos equipamentos

 

 

Jaqueline Iris Bacellar de Assis

 

Presa na última terça-feira (15), Jaqueline é a técnica de laboratório acusada de assinar laudos de exames de HIV errados que levaram à infecção de pacientes. Bacellar afirmou em depoimento que foi o próprio Walter Vieira, dono do laboratório, que teria dado a ordem para todos os setores economizar em custos. 

 

A defesa de Jaqueline publicou em nota que ela teria sido vítima do laboratório e que documentos, mensagens e laudos que continham o nome dela eram “forjados”. Segundo a defesa, a função dela era apenas administrativa e ela nunca se apresentou como biomédica. 

 

 

Walter Vieira 

 

Walter é sócio do laboratório e médico ginecologista. Ele foi preso na manhã do dia 14 e é suspeito de ter assinado os laudos com o falso negativo. Vieira e o filho, Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, também sócio do laboratório, são tio e primo do ex-secretário de Saúde e deputado federal Doutor Luizinho (PP-RJ). Em nota, a defesa de Walter e Matheus ressaltou que repudia a suposta existência de um esquema criminoso. 

 

 

Ivanilson Fernandes dos Santos

 

Ivanilson foi o primeiro a ser preso, junto com Walter, sócio do laboratório, ele seria um dos responsáveis técnicos pelos laudos fraudulentos. Ele foi detido usando roupa de enfermagem e, ao ser questionado pela imprensa sobre os crimes, apenas riu. Santos foi contratado para fazer a análise clínica do material que chegava da Central Estadual de Transplantes. 

 

 

Confira as informações no Correio Braziliense

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