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Dia da Consciência Negra: saiba história de Zumbi dos Palmares

Último líder do Quilombo dos Palmares é celebrado no dia 20 de novembro

Antonio Parreiras (1860 %u2013 1937) - Óleo sobre tela

 
O Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, marca a morte de Zumbi dos Palmares, o último líder do Quilombo dos Palmares, o maior da América Latina. 

Conheça a história

Consta que Zumbi nasceu em 1655, já no quilombo. Acredita-se que foi capturado quando criança, por volta dos sete anos de idade, e entregue como escravo a um padre chamado Antônio Melo. Foi batizado com nome cristão – Francisco – e, ainda criança, aprendeu a falar e a escrever na língua portuguesa e em latim. 

Na adolescência, Francisco fugiu e retornou ao quilombo onde nasceu, passando a ter contato direto com a realidade do escravismo – o que o deixa indignado e o leva à luta em defesa de seus iguais.

De volta ao então Mocambo Palmares, Zumbi se aperfeiçoou na luta da capoeira e no uso de arcos, flechas, lanças e artimanhas com fogo, táticas que o habilitaram a comandar o efetivo militar dos palmarinos.

General 

Durante a atuação como general, Zumbi se desentendeu com o líder de Palmares, Ganga Zumba, que recebeu uma oferta de paz das autoridades coloniais. Na proposta, o governador da capitania concedia a liberdade para os nascidos em Palmares, mas todos que fossem fugidos deveriam retornar a seus donos. 

Zumbi não concordou com a proposta e defendeu que a liberdade fosse uma conquista para todos. Diante disso, acredita-se que Zumbi assassinou Ganga Zumba, por envenenamento, e se tornou o líder do quilombo.

Anos depois, as tropas de Domingos Jorge Velho atacaram e destruíram Cerca Real do Macaco e Zumbi fugiu, precisando viver escondido em matas. Ele foi localizado após uma denúncia sobre o esconderijo e foi morto em uma emboscada em 20 de novembro de 1695. 

Zumbi teve a mão cortada e a cabeça decepada, salgada e levada para Recife, onde ficou em exposição em praça pública.

No século XX, Zumbi dos Palmares foi reconhecido como um símbolo de resistência e luta por determinados grupos políticos e a apropriação da morte dele foi convertida no Dia da Consciência Negra.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco