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COLUNAS

FOGO CRUZADO

Um neto de Arraes no governo de Bolsonaro

Publicado em: 30/05/2019 07:59

Foto: Reprodução/Youtube
Se vivo fosse, talvez Miguel Arraes não aprovasse a nomeação do neto, Antônio Campos, para ocupar um cargo em comissão no governo de Bolsonaro: a presidência da Fundação Joaquim Nabuco, cargo ocupado até ontem por Alfredo Bertini. O irmão, Eduardo Campos, certamente também não aprovaria, haja vista o distanciamento político entre o PSB e o presidente da República. Basta dizer que ao longo de sua história Bolsonaro defendeu o fechamento do Congresso, o fuzilamento do ex-presidente FHC, a tortura como meio de se obter confissões e dedicou seu voto no impeachment de Dilma ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o único torturador reconhecido até hoje como tal pela justiça brasileira. Entretanto, como a política dá muitas voltas e os tempos são outros, “Tonca” se aproximou de Bolsonaro ainda na campanha de 2018. Foi a favor de que o então senador e candidato ao governo estadual, Armando Monteiro Neto, o abraçasse no segundo turno, algo que o petebista recusou-se a fazer para não contrariar muitos aliados, entre eles o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, que é filiado ao PT. À parte o aspecto político, Antônio Campos tem tudo a ver com a Fundação Joaquim Nabuco. Seu pai, Maximiano Campos, pertenceu aos quadros da instituição e o filho está mais para ele do que para o avô ou o irmão.

Sem precedente no mundo
Mesmo que o Congresso aprove a reforma previdenciária, Pernambuco não resolverá o déficit crônico do seu sistema de previdência. Primeiro, porque a quantidade de servidores ativos é quase igual à dos inativos e, em 2º lugar, porque militar vai para a reserva ganhando mais do que na ativa. Em nenhum outro país do mundo existe isto.

Fundaprev descapitalizada
O déficit nas contas da previdência estadual em 2018 totalizou R$ 2,6 bilhões e para este ano o déficit previsto é de aproximadamente R$ 3 bilhões. Se a Fundaprev tivesse sido capitalizada com recursos da venda da Celpe, como era ideia do governo de então, talvez não fosse necessário, hoje, usar recursos do tesouro para pagar aos inativos.

Espaço em duplicidade
O prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), designou ontem seu chefe de gabinete e candidato à sua sucessão, Francisco Padilha, para responder interinamente pela pasta de Políticas Sociais, cujo ocupante, Augusto Costa, foi afastado por suspeita de envolvimento em licitações fraudulentas. Se Costa conseguir provar a inocência, será renomeado para o cargo.

Ausência inexplicada
Até hoje não se sabe o motivo pelo qual o deputado federal Fernando Filho (DEM) não foi esperar Bolsonaro em Petrolina na sexta-feira da semana passada. Estavam no Aeroporto seu pai, o senador Fernando Bezerra (MDB), seu irmão do meio, Miguel (sem partido), atual prefeito, e seu irmão caçula, Antônio (DEM), deputado estadual.

Para tirar de cima do muro
O ex-deputado Bruno Araújo concorre em chapa única à presidência nacional do PSDB, cuja convenção nacional será amanhã. Indicado pelo governador João Doria (SP), sua principal missão à frente do partido é “tirá-lo de cima do muro”. A ideia de levar o partido “para a direita” não vingou porque esse espaço já está ocupado por Bolsonaro.

Duplicidade de filiação
O TRE deverá julgar agora em junho um pedido de cassação de mandato do vereador caruaruense Alberes Lopes (PDT) por duplicidade de filiação. Ele é o secretário estadual do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo do governo Paulo Câmara e tem como padrinhos políticos os deputados Wôlney e José Queiroz, ambos do PDT.

Marco legal do saneamento
O Congresso vai deixar caducar a Medida Provisória do governo Temer que fixaria no país um novo marco legal do saneamento. O presidente da Compesa e das empresas estaduais de saneamento, Roberto Tavares, gostou da notícia. Ele diz que a MP abriria o setor de saneamento às empresas privadas, deixando as pequenas cidades ao deus dará.
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