Paralisação deve se fortalecer Servidores do INSS em greve recebem propostas do Governo Federal Mesmo com as propostas em mãos, a expectativa dos servidores públicos federais em torno da campanha salarial 2015 terminou de forma desanimadora

Por: Agência Estado

Publicado em: 27/08/2015 10:19 Atualizado em: 27/08/2015 14:15

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, que também representa o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência de Pernambuco (Sindsprev-PE), recebeu, ontem, as propostas do Governo Federal para a pauta de reivindicações dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e da Previdência Social e Trabalho (PST), em greve há mais de 40 dias.

O documento foi enviado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), por meio de ofícios, e agora os servidores vão estudar as propostas e decidir os rumos da greve em assembleia que podem ocorrer amanhã ou na próxima segunda-feira. Os servidores deram início à campanha salarial nacional de 2015 em 25 de fevereiro e em 10 de julho foi iniciado o processo de greve atingindo todos os estados e o Distrito Federal. Veja abaixo as propostas enviadas aos trabalhadores aqui.

Mesmo com as propostas em mãos, a expectativa dos servidores públicos federais em torno da campanha salarial 2015 terminou de forma desanimadora. Com dois dias de atraso, a data marcada era 24 de agosto, o MPOG insiste na mesma proposta divulgada no final de junho: reajuste de 21,3% (5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018, e 4,5% em 2019). A reação negativa foi imediata. Mais de 20 categorias paralisadas ou com indicativo de greve prometem dizer não mais uma vez ao Executivo. Já estavam se preparando para a “Marcha a Brasília”, na Esplanada, ontem, a partir das 9h, em busca de reivindicações históricas. A tendência é de que agora a categoria vá às ruas com mais ímpeto.

“É difícil acreditar. A proposta veio pior do que esperávamos. O percentual de gratificação a ser incorporado à aposentadoria, por exemplo, era para ser de 67%, em 2017. No documento assinado pelo secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, a índice baixou para 60% no ano que vem”, reclamou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público (Condsef). O Planejamento confirmou também o reajuste do auxílio-alimentação (R$ 458 mensais); do valor mensal médio da assistência à saúde, de R$ 145; e da assistência pré-escolar, de R$ 320.

Segundo Silva, os servidores temem que a presidente Dilma Rousseff reproduza o comportamento de seu adversário político, Fernando Henrique Cardoso, que nos oito anos de mandato deixou os funcionários públicos sem aumento. “Se o governo pensa que vai nos vencer, está enganado. Não baixaremos a cabeça para amenizar o conflito”, ressaltou. Segundo Igor Nóbrega, presidente do Sindicato dos Técnicos do Banco Central (SintBacen), é a primeira vez que o órgão para totalmente.“Antes, ou eram os técnicos ou os analistas. Nesse momento, todos cruzamos os braços”, informou Nóbrega.

Com informações do Sindsprev-PE

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