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Economia
Expansão

Rede Futurista Baby Kids migra das lojas de rua para shoppings

Marca, conhecida pelas unidades localizadas no Centro do Recife, está investindo na presença nos centros de compras do estado

Publicado: 14/10/2018 às 10:00

A expectativa é de que pelo menos 50 novas contratações aconteçam em 2019. Foto: Leo Malafaia/Esp.DP/Foto: Leo Malafaia/Esp.DP

A expectativa é de que pelo menos 50 novas contratações aconteçam em 2019. Foto: Leo Malafaia/Esp.DP/Foto: Leo Malafaia/Esp.DP

Após amargar pelo menos quatro anos no negativo, a pernambucana Futurista se prepara para voltar a crescer. Ou, ao menos, parar de fechar o ano no negativo. O período de turbulência não foi apenas devido à crise econômica. Além dessa, o surto de zika, que gerou a baixa natalidade, afetou diretamente os negócios, cujo foco principal estava nas gestantes. Em 2014, a empresa, que já estava na terceira geração familiar, foi adquirida por um grupo de investidores e iniciou o processo de mudanças. O primeiro passo foi a mudança da marca para Futurista Baby Kids e a ampliação do portfólio, que passou a atender de gestantes a crianças de até seis anos. Agora, a empresa está investindo R$ 5 milhões na modernização das lojas e aberturas de novas unidades, incluindo em shoppings.

“A partir de 2015 entramos com uma nova cara, que é a classe C. A antiga gestão tinha uma visão mais de rua, mais popular. Tanto que eram nove lojas, mas fechamos a da Imperatriz por não dar resultado e ficamos com oito. No nosso briefing percebemos que o recifense está muito voltado a shopping. Buscam a qualidade, a comodidade, a segurança. E aí passamos a avaliar as oportunidades e avançar na reestruturação”, conta o diretor presidente da marca, Luiz Barbosa Júnior.

Atualmente, a marca está presente no Shopping Costa Dourada (Cabo de Santo Agostinho) e no Shopping Patteo (Olinda). Até o final do ano, a empresa chegará ao Shopping Guararapes. “Nosso relacionamento com o Guararapes é antigo. Participamos de um bazar no local e ficamos impressionados com as vendas por lá. Os números também chamaram a atenção do shopping e aí começamos a negociar. Agora estamos na fase de montagem da loja e esperamos inaugurar até o final do ano”, diz. Com as novas operações, a expectativa é de que, no próximo ano, o crescimento seja entre 5% e 7%.

Sobre a possível diferença de preços entre as unidades de rua e de shopping, o executivo explica que o que muda é a faixa de preço. “Trabalha de R$ 400 de carrinho de bebê até R$ 600 em um bairro. Quando vai pra um shopping vai dos R$ 400 até R$ 1000. Tem um leque maior onde consegue produto de valor agregado maior. Roupas, por exemplo, o cliente encontra de até R$ 100 na rua e de até R$ 190 nos centros de compra. Mas não deixa de ter o mais barato. O que faz a diferença é o publico do local”, enfatiza.

Apesar das operações em shopping, as unidades de rua continuam no radar. “Temos loja de rua e não temos interesse em deixar de ter, mas enxergamos que existe novo público dentro de shopping. Nosso maior faturamento está nas ruas. Porém, na hora que analisamos a descentralização, vemos a necessidade do público. O de Olinda, por exemplo, se tem opção ele não vai para a Rua das Calçadas. Fazemos a descentralização desta forma. Baseado nisso faz leitura da população, de consumo e de público-alvo”, pontua. A empresa hoje possui 156 funcionários. A expectativa é de que pelo menos mais 50 funcionários sejam contratados no próximo ano.

De acordo com Luiz Barbosa Júnior, o plano de negócios da Futurista Baby Kids inclui ainda a expansão da marca para o Nordeste e o investimento em e-commerce, mas esses ainda são projetos a médio e longo prazo. “Pernambuco é um estado central e isso nos dá uma vantagem competitiva. Mas precisamos entender que a Paraíba é tão perto quanto Caruaru, por exemplo. São pontos que estamos avaliando. Ainda estamos estruturando esses passos. Pensamos, inclusive, no modelo de franquia, mas ainda não temos o modelo fechado. Por enquanto, são projetos”, ressalta. 
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