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Compra de aviões está subindo
Por: Rochelli Dantas
Publicado em: 06/04/2019 08:00 | Atualizado em: 04/04/2019 19:39
A privatização de aeroportos nacionais reacende as discussões acerca do crescimento do setor no país. As projeções de demanda para os aeroportos brasileiros 2017-2037 da Secretaria Nacional de Aviação Civil apontam que o movimento de aeronaves da aviação regular deve evoluir a uma taxa média de 3,51% ao ano, atingindo três milhões de decolagens e aterrissagens em 2037.
É um percentual conservador diante do potencial de crescimento de viagens per capita do Brasil, que em 2016 era de 0,54, enquanto na Espanha chegava a 1,44, em Portugal, 1,27 e nos Estados Unidos, 2,55. Por aqui, a projeção otimista é de que o índice chegue a 0,96, em 2027, e a 1,69, em 2037. É justamente no aumento dos investimentos e da demanda que também se espera que a aquisição de aeronaves também decole.
“Avião hoje não é impossível de comprar, não. Além disso, existem os empresários que optam pela fretagem. Nos interiores, por exemplo, os empresários fretam as viagens e usam como meio de transporte para economizar tempo”, afirma o diretor do Aeródromo Coroa do Avião, em Igarassu, Francisco Oliveira.
Segundo ele, as estimativas de retomada de crescimento econômico e a mudança de comportamento do empresário brasileiro é um dos fatores que contribuem para a projeção desse cenário positivo. “Existe um lema que diz: ‘Aonde avião pousa, a economia decola’. Temos uma demanda reprimida neste sentido. A aviação está muito ligada ao dólar. Com a moeda em alta, a demanda cai. Se tem tendência de queda, as projeções se reaquecem”, ressalta.
Ainda neste semestre, o Aeródromo terá mais um hangar inaugurado, um investimento de R$ 1 milhão. “Acreditamos em um crescimento. Temos recebido, por exemplo, demanda de indústrias que fretam aeronaves para transportes de peças de maior valor agregado. Além disso, empresários que usam o aeroporto de ponte para ir ao interior devem fretar aviões”, diz. Hoje, o local conta com sete hangares e é voltado para a aviação geral, executiva e desportiva, com área de 90 hectares.
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