Investimento de R$ 140 mi e geração de emprego com complexo multiuso

Complexo multiuso ficará entre a antiga Ponte Giratória e as torres gêmeas. (Foto: Perspectiva/Novo Porto Recife)

Anunciado em 2012 e depois de enfrentar vários entraves burocráticos ao longo desses oito anos, o complexo multiuso na zona portuária do Bairro do Recife finalmente vai sair do papel. Com investimento de R$ 140 milhões e sob responsabilidade da incorporadora Porto Novo Recife, a construção de um hotel com marina e um centro de convenções onde ficavam os armazéns 15, 16 e 17 - entre a antiga Ponte Giratória e as torres gêmeas - teve início neste mês e a perspectiva é que a operação comece no primeiro semestre de 2022. Ao longo das obras, serão gerados 1.430 empregos diretos. Já durante a operação, a perspectiva é de abrir 3.380 postos de trabalho, entre diretos e indiretos.

O hotel, inicialmente anunciado como cinco estrelas, terá porte de quatro estrelas e contará com 240 leitos, além de restaurante, bares, lojas, salas de reunião e uma piscina, que terá vista privilegiada do último andar do empreendimento. O estacionamento contará com 136 vagas de garagem. "Serão dois tipos de apartamentos, um virado para a marina e outro para trás, com área entre 23 metros quadrados e 25 m2", afirmou Rogério Castro Filho, integrante do Conselho Técnico do Porto Novo Recife.

Marina com capacidade para atracar 136 barcos ficará na frente do hotel. (Foto: Perspectiva/Novo Porto Recife)

Na frente do hotel será construída uma marina, com capacidade para atracar 136 barcos e veleiros de até 70 pés. Já o centro de convenções, que terá flexibilidade para receber convenções, exposições e montagem de auditório, terá capacidade para até 4 mil pessoas, além de 231 vagas de estacionamento. "Uma parte dos armazéns será recuperada e outra será derrubada para a construção, mas posso dizer 70% ficará preservado", explicou o arquiteto Gerônimo Cunha Lima.

O governador Paulo Câmara, que participou da reunião que selou o início das obras, ressaltou a importância de um investimento desse porte para Pernambuco. "Neste momento que se vê pouca coisa acontecendo no Brasil, em Pernambuco temos condição de anunciar um investimento como esse. Abrimos novas expectativas que vale a pena investir no estado e que estamos preparados e com equipamentos cada vez mais modernos", pontuou. Já Rodrigo Novaes, secretário de Turismo de Pernambuco, acredita que o novo complexo multiuso vai fomentar ainda mais o setor no estado. "Não existe turismo sem a iniciativa privada, é fundamental o papel que eles cumprem, e um empreendimento desse porte mostra que o turismo é capaz de gerar emprego muito rápido. Serão R$ 80 milhões de aporte no hotel, mais R$ 20 milhões na marina, que será pública, e mais R$ 40 milhões no centro de convenções. Isso cumpre dois papeis: reforça tanto o turismo de lazer a partir da capital, como de negócios", ressaltou.

Reunião que marcou início das obras foi realizada ontem no Palácio do Campo das Princesas. (Foto: Marlon Diego/Sdec/Divulgação)

Revitalização
O complexo multiuso com o hotel, a marina e o centro de convenções faz parte da segunda etapa do projeto de revitalização da área portuária do Bairro do Recife. Esses armazéns, inclusive, integram o pacote de sete espaços cedidos à iniciativa privada, que vão da antiga Ponte Giratória às imediações do Forte do Brum. Estão neles bares, restaurantes, espaço de eventos, a Accenture. Administrados pelo Governo de Pernambuco ainda tem o Terminal Marítimo, a Central de Artesanato e o Cais do Sertão.

"A maioria da movimentação pesada portuária de Pernambuco foi transferida para Suape, isso fez com que uma área importante do Porto do Recife fosse liberada. Hoje a movimentação do Porto do Recife consegue se concentrar em uma área menor do que no passado, então foi feito um planejamento para fazer a revitalização e entregar esses armazéns com outras atividades que não mais de armaem e logística portuária, mas de serviços e lazer. A primeira etapa foi concluída com a reforma dos armazéns e agora começamos essa segunda etapa, que demorou mais por conta de licenças e processos judiciais", detalhou Bruno Schwambach, secretário de desenvolvimento econômico de Pernambuco.