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Empresários estão otimistas com cenários para 2024
Pesquisa Panorama 2024 da Amcham revela que 56% dos empresários projetam crescimento superior a 10% no próximo ano e que IA e ESG serão vetores importantes
Para chegar aos resultados, no entanto, os empresários e executivos entrevistados apontam como fatores condicionantes a confirmação de aspectos como: estabilidade política (42%), avanço tecnológico (41%), redução de incertezas globais (40%), aumento de investimento em infraestrutura (38%) e aumento da renda dos consumidores (34%).
Um aspecto adicional são as novas tendências de modernização, que também passaram a fazer parte deste radar. O estudo, batizado de Panorama 2024, assinalou que mais de 60% dos executivos enxergam a inteligência artificial (IA), com a adoção de máquinas inteligentes e capazes de pensar por humanos, como a principal virada de chave nas empresas.
A agenda ESG, que corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança, ocupa o segundo lugar nessa perspectiva, com 51%. Outras quatro tendências também apareceram com destaque, como a digitalização de produtos e serviços, com 41%; manutenção do trabalho híbrido e remoto 34%; e o uso ou investimentos em energias renováveis, 31%. Em comum, o sentimento de que é preciso acompanhar as transformações para se manter competitivo.
Em Pernambuco, segundo a superintendente da Amcham para o nordeste, Alessandra Andrade, a avaliação é que os empresários e executivos estão sintonizados com as tendências apontadas pela pesquisa. “São tratadas como fundamentais na aceleração dos negócios para 2024. O Comitê Estratégico de Tecnologia da Informação já há algum tempo discute a pauta da IA e vem construindo propostas em torno deste movimento tão novo quanto instigante”, afirmou.
Em relação à ESG, ela diz que a sustentabilidade conta com grandes grupos empresariais atentos a esta temática. “Estão alinhados com as melhores práticas, em parceria também com organizações não-governamentais e com o poder público", complementa.
Ao todo, 694 executivos do país responderam à pesquisa. Conforme os dados, eles representam empresas que, somadas, faturam aproximadamente R$ 755 bilhões e empregam quase 1 milhão de pessoas.
No Recife, o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, reforça que diversas organizações que compõem o parque tecnológico vêm desenvolvendo projetos nesta área. “Hoje temos aqui a principal empresa nacional nesta área de inteligência, que é a Neurotech, o que nos coloca em um patamar à frente. Também aprovamos, recentemente, dois grupos de pesquisa, além de um trabalho junto ao Tribunal de Justiça”, elencou.
O avanço da inteligência artificial nas empresas assinala a redução de gastos. Contudo, ainda existem ponderações sobre uma possível redução de cargos, gerando o desemprego. “É preciso pensar além e investir em formação de base, capacitação técnica e valorização dos profissionais”, defende o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, que assevera: “É inevitável que o cenário substitua alguns empregos, mas também cria novas oportunidades, com maior qualificação”, diz. Para o gestor, à frente de áreas como o comércio e serviços no estado, o setor recebe os avanços com bons olhos e tem destinado investimentos.