APÓS REUNIÃO

Haddad pede "parcimônia" à secretaria antes de refazer projeção do PIB

Ministro da Fazenda adota tom de cautela em reavaliação do PIB. Atualmente, Secretaria de Política Econômica prevê um crescimento econômico de 2,5% em 2024

Publicado em: 18/07/2024 16:15



Haddad se reuniu nesta segunda-feira (18/7) com o presidente Lula, no Planalto, para tratar de possíveis cortes no orçamento anual  (foto: Fotógrafo/Lula Marques)
Haddad se reuniu nesta segunda-feira (18/7) com o presidente Lula, no Planalto, para tratar de possíveis cortes no orçamento anual (foto: Fotógrafo/Lula Marques)

O ministro da Fazenda, Fernanda Haddad, disse que pediu “parcimônia” à Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta antes de alterar a projeção de avanço do produto interno bruto (PIB) do Brasil em 2024. O chefe da pasta reforçou que é preciso agir com “bastante cuidado” ao tratar da previsão atual, que indica um crescimento econômico de 2,5% neste ano.

 

“Nós estamos recebendo informações e dados que sustentariam uma reprojeção (do PIB). Eu pedi cautela para avaliar bem se essa reprojeção deve ser feita e quando deve ser feita, mas os dados da economia estão vindo muito bem consistentes e com baixa pressão nos preços, o que é ótimo”, destacou o ministro nesta quinta-feira (18/7), após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.

 

Durante o encontro, foram discutidos os possíveis cortes no orçamento anual para adequar o controle de gastos à meta de deficit fiscal para este ano. Haddad afirmou que também foi discutido durante o encontro sobre os investimentos necessários para corrigir distorções nos programas sociais, como o Bolsa Família. O objetivo é identificar beneficiários em situação irregular, para diminuir as despesas com os programas e equilibrar as contas do governo.

 

Hoje, o ministro ainda participa de uma reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), que pode decidir por um novo corte no orçamento deste ano. Após um bloqueio de R$ 2,9 bilhões em março, a expectativa é de que o governo deve cortar pelo menos R$ 10 bilhões, na tentativa de cumprir a meta fiscal deste ano, que estima um deficit de até 0,25% do PIB, o que representa um valor de cerca de R$ 29 bilhões.

 

 

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