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Inflação acumulada no Grande Recife chega a 2,95%

Em julho, grupo de habitação teve o maior aumento percentual, com variação de 1,66%, influenciado pela subida de 3,57% no botijão de gás e de 3,3% na energia


A inflação no mês de julho no país ficou em 0,38%, acima do índice de 0,21% registrado em junho. O resultado foi puxado principalmente pelo preço da gasolina, passagens de avião e energia elétrica. Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, acumula 4,5%, no limite superior da meta de inflação do Banco Central.

No Grande Recife, a inflação variou 0,33% em julho, de acordo com recorte divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geogradia e Estatística (IBGE), acumulando alta de 2,95% no ano.  Na Região Metropolitana do Recife, dos nove grupos de produtos pesquisados, 2 apresentaram deflação: Alimentação e bebidas (-1,01%) e Vestuário (-0,31%).

Também no grupo de alimentação, a alimentação no domicílio apresentou recuo de preços de -1,55%, enquanto na alimentação fora do domicílio houve alta de 0,44%. Dos dez produtos com maiores reduções de preços no mês, nove são do grupo de alimentação, com destaque para o tomate (-38,49%), cenoura (-32,72%) e melão (-21,09%), que tiveram o preço influenciado pela sazonalidade.

AUMENTO
 
O grupo de habitação foi o grupo com maior aumento percentual em julho com variação de 1,66%, influenciado pelo aumento de 3,57% no gás de botijão, 3,3% na energia elétrica e 3,18% dos combustíveis, que faz parte do grupo de Transportes.

Esse segmento obteve variação de 1,13%, puxado pelos preços de passagens aéreas que tiveram aumento de 20,54%, dos ônibus interestaduais (3,35%) e também dos combustíveis.

De acordo com o economista Tiago Monteiro, as altas influenciaram diretamente na variação da inflação no Grande Recife, porque fazem parte da rotina da população. “Temos três grandes macro pilares que geralmente impactam bastante, geralmente eles aparecem como os principais vilões da inflação, quando levamos em consideração o histórico que a gente tem”, disse.

FATORES EXTERNOS
 
Ainda segundo o economista, a incerteza sobre os preços dos combustíveis em relação à Petrobras, a variação do preço internacional do petróleo e a variação do próprio dólar. “Temos alguns fatores que são determinantes para fazer uma projeção. Levando em consideração, que mesmo com esses aumentos do combustível recentemente, ainda temos uma defasagem de mais ou menos 10% do preço praticado fora. Ou seja, ainda está barato pelo menos 10%, levando em consideração somente os combustíveis”, afirma.

Tiago Monteiro ressalta ainda que com o advento de um aumento dos combustíveis existe a possibilidade de encarecer, no médio e longo prazo,  os fretes e consequentemente os produtos alimentares por causa do transporte rodoviário que ocorre em relação a esses alimentos.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco