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Parcerias entre grandes marcas e a atração de novos públicos

A estratégia de marketing tem se tornado cada vez mais frequente entre as empresas que desejam lançar produtos ou serviços inovadores


 

 

Como forma de agregar outros valores à marca e atrair novos públicos, grandes empresas apostam em parcerias inovadoras com outras marcas. A tendência não é nova, mas está se tornando cada dia mais recorrente no mercado, pois é capaz de somar consumidores de diferentes nichos.

Esse tipo de parceria chamada de “collab”, termo em inglês para representar as colaborações entre as marcas, é uma ação de marketing aliada das empresas que desejam alcançar novos públicos. Essa junção é capaz de impulsionar vendas e expandir ainda mais o alcance das empresas participantes. 

Contando com o poder de exposição que a internet e as redes sociais podem proporcionar, algumas marcas podem alcançar números maiores do que o esperado. Esse é o caso da marca Cimed, que no ano passado lançou o hidratante labial Carmed, em parceria com a marca de balas Fini. 

Na época, o produto caiu no gosto do público e rapidamente se tornou um viral, principalmente na rede social TikTok, chegando a esgotar nas farmácias. A marca superou a expectativa de vendas de um ano em apenas 20 dias e faturou mais de R$ 90 milhões, em quatro meses. Depois do resultado, a Cimed lançou outras edições especiais do hidratante labial.

A vice-presidente da Cimed, Karla Marques Felmanas, conta que o potencial da parceria já era esperado devido ao sentimento de nostalgia que a marca Fini provoca no público. “Apesar das expectativas para o lançamento, a repercussão desde que começamos a postar sobre a parceria foi extremamente positiva e nos surpreendeu muito. Com o lançamento de Carmed Fini, optamos por nos conectar com o público do produto através das redes sociais e relacionamento com influenciadores, tornando a Carmed uma marca autêntica e divertida”, destaca. 

Ainda de acordo com Karla Marques, o diferencial da Cimed é escutar os clientes, que são as farmácias e os consumidores. “Além disso, buscamos compreender o comportamento e as necessidades do público por meio de uma abordagem multifacetada. Monitoramos atentamente as tendências tanto no cenário internacional quanto no nacional, avaliando como elas influenciam o público-alvo de cada uma de nossas marcas”, afirma.




O estudo do marketing por trás das parcerias

O especialista em marketing, Valdênio Rodrigues, conta que existem dois tipos de parcerias entre marcas, o Co-Marketing e o Co-Branding. O primeiro tipo representa as parcerias focadas em promover produtos já existentes, por meio de campanhas específicas. Já o Co-Marketing é o resultado da união de duas ou mais marcas para o lançamento de um produto ou serviço novo e exclusivo. Essa estratégia tem como objetivo obter resultados mais expressivos. 

“No Co-Branding, a parceria acaba sendo mais arrojada do que o Co-Marketing porque é possível ter resultados bem mais expressivos, mas demanda um planejamento muito maior e recursos maiores. Para uma empresa sozinha lançar um produto novo no mercado, exige uma série de aspectos que vai desde pesquisa mercado que é caro dependendo da abrangência da marca”, explica. 

O especialista detalha ainda que, em uma parceria, o investimento acaba saindo mais barato, porque o orçamento também é compartilhado. Com isso, acaba se beneficiando a marca que tem menor visibilidade no mercado, porque no momento em ela se associa a uma empresa que tem maior exposição, ela acaba também se beneficiando da reputação dessa marca. 

Comunicação integrada 

 

Para firmar uma parceria, é necessário que haja uma comunicação integrada entre as marcas, que precisam ter aspectos em comum. “Tanto no Co-Branding como no Co-Marketing é necessário que haja um alinhamento entre marcas que tenham culturas, linhas e pensamentos semelhantes para que ocorra a confluência de públicos semelhantes também”, alerta Valdênio Rodrigues.

Para Valdênio Rodrigues é difícil esse tipo de ação dar errado porque geralmente as agências já incluem em seus planejamentos a projeção de possíveis erros e o monitoramento constante dos resultados. “Quando o produto ou serviço é lançado, ele vai sendo acompanhando para saber se está seguindo exatamente do jeito que se pensou e vai se moldando se houver necessidade”, explica.

 

Leia a notícia no Diario de Pernambuco