Agricultura

Agronegócio nordestino ganha plataforma de negócios

A ABDI, em parceria com o SiDi e apoio do governo federal lançam hub NeoAgro 4.0 nesta quinta (17) voltado ao fomentar a inserção digital no setor agrícola

Publicado em: 16/10/2024 15:39 | Atualizado em: 16/10/2024 16:56

Ricardo Cappelli, presidente da ABDI (Divulgação)
Ricardo Cappelli, presidente da ABDI (Divulgação)
Sonho antigo dos produtores rurais e empresários do agronegócio do Nordeste, o setor passa a contar com uma plataforma para fomentar a inserção digital do setor e facilitar o contato entre os produtores e os compradores de produtos da agropecuária.

Iniciativa da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial, em parceria com o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação (SiDi), o hub NeoAgro 4.0 vai reunir informações estratégicas da agricultura pernambucana para acelerar o desenvolvimento e novos negócios na região.

Com apoio do governo federal, a plataforma será apresentada nesta quinta-feira (17) no Recife, no Auditório RioMar Trade Center, das 14h às 18h. 

Além da equipe da ABDI, o evento contará com representantes do Porto Digital, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
 
Agricultura Familiar (Divulgação)
Agricultura Familiar (Divulgação)

O presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, antecipou ao Diario que o objetivo do hub NeoAgro é fomentar a transformação digital do setor a partir do uso de novas tecnologias: 

"Nós vamos disponibilizar um espaço para o compartilhamento de dados entre os atores desse ecossistema, fortalecer a cadeia produtiva e, assim, encontrar as tecnologias adequadas para atender as necessidades específicas de produtores, empresas e instituições do ecossistema de inovação ", explica.

Agronegócio nordestino
A agricultura da região nordeste é bastante diversificada, com algumas cadeias representativas do agronegócio e uma forte participação da agricultura familiar, que concentra a maior parte das propriedades, chegando a mais de 50%, como é o caso do estado de Pernambuco.
 
Fruticultura no Vale do São Francisco (Jonas Santos/Divulgação)
Fruticultura no Vale do São Francisco (Jonas Santos/Divulgação)

Entre as principais cadeias do agronegócio estão a soja, na porção oeste da região, entre os estados do Maranhão, Piauí e Bahia; a fruticultura irrigada, com destaque para o Vale do São Francisco, entre os estados de Pernambuco e Bahia; a cana-de-açúcar, nos estados de Pernambuco e da Paraíba; pecuária, com destaque para o estados da Bahia, Ceará e Pernambuco; cacau, na Bahia, aves e ovos, em Pernambuco e frutos do mar, em toda a extensão do litoral da região, mas com grande participação dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte.
 
Agricultura familiar 
Na outra ponta do setor, a agricultura familiar é responsável pela base da alimentação local. No segmento, a produção é gerida por famílias que cultivam uma variedade de produtos, tanto para consumo próprio quanto para comercialização para programas governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), ambos federais, além da venda direta ao consumidor nas feiras de produtos orgânico.
 
Caprinoovinocultura no semiárido (Senar/Divulgação)
Caprinoovinocultura no semiárido (Senar/Divulgação)

A produção da agricultura familiar é bastante diversificada, indo de hortifrutis como hortaliças, grãos e frutas às culturas de sequeiro, que incluem a mandioca, o milho e o feijão, além de uma variedade de produtos artesanais, como queijos e laticínios, mel, geleias e embutidos.

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