A Torre Eiffel, fechada desde quarta-feira à tarde, reabrirá na sexta para seus visitantes, após uma greve de funcionários em protesto contra as longas filas no grande ícone de Paris.
O fechamento foi causado por um conflito entre a direção e os trabalhadores sobre o novo sistema de entrada no monumento, que segundo os funcionários está gerando longas filas de espera.
A Torre Eiffel deixou de receber visitantes nesta quarta-feira à tarde, após a suspensão das negociações entre a direção e os sindicatos.
Os sindicatos dos trabalhadores estão descontentes com a decisão de orientar a elevadores separados os visitantes que reservam entradas pela internet e os que as compram na bilheteria.
A direção decidiu também, no início de julho, reservar metade das entradas diárias aos clientes na internet, em comparação com 20% antes.
Os funcionários afirmam que estas mudanças resultaram em filas desequilibradas, nas que os visitantes sem ingressos antecipados podem esperar até três horas e os que adquiriram seus ingressos na internet até uma hora, apesar destes terem reservado seus horários de visita.
Nesta quinta-feira à noite, a direção e os sindicatos afirmaram que a torre voltará a abrir na sexta-feira às 09H00 (04H00 em Brasília).
Muitos turistas que chegaram ao monumento na quinta-feira de manhã não sabiam porque havia greve, tendo visto apenas cartazes que informavam que a torre estava fechada.
"Estou muito triste porque viemos do Canadá", apontou Adèle Liliane, uma das primeiras turistas a chegar nesta quinta-feira à chamada "dama de ferro", após ter a surpresa desagradável de encontrar o monumento fechado.
Vários turistas se mostraram indignados. "Claro que quero subir. É a Torre Eiffel, quando você vem a Paris quer ver a Torre Eiffel", disse à AFP Robin Frye, um turista inglês. "É frustrante. Francamente arruína toda a nossa viagem".
Nesta quinta-feira, os funcionários participaram de uma assembleia geral para debater as propostas apresentadas pela companhia que administra a Torre Eiffel, SETE, que apontou em um comunicado que "é consciente da decepção dos visitantes devido ao fechamento do monumento e de seu impacto na imagem tanto da cidade como do país".
"Pedimos desculpas a todos, parisienses e franceses, assim como turistas estrangeiros", acrescentou.
"É uma pena chegar a este ponto, penalizar as pessoas, mas fizemos todo o possível para evitá-lo", disse à AFP Denis Vavassori, representante do sindicato CGT.
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