O Reino Unido deteve aproximadamente US$ 1,13 bilhão (R$ 6,15 bilhões) em ouro da Venezuela, que está depositado no Banco da Inglaterra. A medida impede o governo de Nicólas Maduro de acessar ou transferir o montante para outra instituição bancária.
O Banco Central da Venezuela já tinha em maio impetrado uma ação judicial em Londres para conseguir obrigar o Banco da Inglaterra a transferir as reservas de ouro venezuelanas, de modo a financiar o combate a Covid-19 no país.
Entretanto, já no mês passado, a Corte Superior britânica negou a dar ao governo venezuelano acesso as 30 toneladas de ouro retidas pelo Banco da Inglaterra, apos o oposicionista do presidente Maduro, Juan Guaidó, apresentar sua própria reclamação. O tribunal inglês declarou que o Reino Unido incontestavelmente reconhece o líder da oposição como presidente venezuelano.
A decisão da Venezuela de liberar seus ativos de ouro congelados no Reino Unido teve inicio depois que os Estados Unidos e outras nações se recusaram a reconhecer os resultados das eleições presidenciais de 2018 no território venezuelano.
O secretário-adjunto do Conselho de Segurança da Rússia, Aleksandr Venediktov, se pronunciou sobre o episódio, no qual considerou o ato como "expropriação ilegal", além de ressaltar a questão que a Venezuela alega precisar dessas reservas para enfrentar o impacto econômico causado pelo novo coronavírus e combater a pandemia. "Caracas precisa urgentemente desse dinheiro para lidar com as consequências da pandemia, mas a Corte Superior de Londres declarou Guaidó o legítimo chefe de Estado e se recusou a dar o dinheiro aos venezuelanos. Ou seja, é efetivamente um ato de expropriação ilegal. Como devemos entender essa medida? Será que a partir de agora os bancos se tornarão a fonte de legitimidade? Preferiria que não" comentou Aleksandr Venediktov.
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