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EUA veta resolução do Conselho da ONU para ajuda humanitária a Gaza

A resolução, proposta pelo Brasil, foi rejeitada após o voto contra dos Estados Unidos, tendo recebido ainda 12 votos a favor e duas abstenções

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou hoje, com o veto norte-americano, o segundo projeto de resolução para uma ‘pausa’ nos confrontos em Gaza para permitir a entrada de auxílio humanitário.

A resolução, proposta pelo Brasil, foi rejeitada após o voto contra dos Estados Unidos, tendo recebido ainda 12 votos a favor e duas abstenções dos 15 Estados-membros do Conselho de Segurança.

Para ser aprovada, uma resolução no Conselho necessita de pelo menos nove votos dos 15 membros do órgão. No entanto, não pode contar com nenhum veto. Apenas cinco países têm esse direito de vetar um texto: Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França.
 
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O texto redigido pelo Brasil destacou a importância de proteger civis e garantir acesso humanitário em meio à escalada de violência na região do Oriente Médio. Além disso, pedia a criação de pausas humanitárias para permitir o acesso seguro e ininterrupto de ajuda. A proposta ainda enfatizou a necessidade de fornecer bens e serviços essenciais, como eletricidade, água, alimentos e suprimentos médicos, para garantir a sobrevivência da população civil.
 
Também salientou a importância da proteção de instalações da ONU e de profissionais de saúde em conformidade com o direito internacional humanitário. O documento condenou os ataques do Hamas, incluindo o sequestro de reféns civis, pedindo a libertação imediata e incondicional dessas pessoas, com garantias de sua segurança e tratamento humano.

No final da votação, o Brasil, que preside neste mês o Conselho de Segurança, lamentou a falta de ação sobre a situação em Gaza.

Até ao momento, o órgão da ONU responsável por manter a paz e a segurança internacional não conseguiu tomar uma posição definitiva sobre o ataque do Hamas a Israel, no dia 7 de outubro, ou sobre a resposta israelita, com um bloqueio a Faixa de Gaza e ataques aéreos que, segundo fontes palestinas, já fizeram mais de três mil vítimas mortais de civis e quase 13 mil feridos.

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