Segundo divulgado pela mídia egípcia, o posto de fronteira de Rafah, que separa a Faixa de Gaza do Egito, vai ser aberto na sexta-feira (20) para a entrada de ajuda humanitária no enclave palestino.
Israel havia anunciado ontem que iria permitir a entrada de água, alimentos e medicamentos em Gaza através da fronteira com o Egito. A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu ainda que Tel Aviv autorizasse a entrada de combustível.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já tinha adiantado que o líder egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, concordou em deixar até 20 caminhões atravessarem a fronteira para a entrega de ajuda humanitária em Gaza. “Mas, se o Hamas os capturar ou não os deixar passar então tudo estará acabado”, alertou Biden.
Entretanto, o responsável da ONU para as emergências humanitárias, Martin Griffiths, defendeu que a ajuda a Gaza, assim que puder atravessar a fronteira do Egito, deverá ser “substancial”, da ordem de 100 caminhões por dia, e a sua segurança, acautelada. Griffiths revelou negociações incrivelmente pormenorizadas com as partes para definir as regras de entrada e distribuição da ajuda humanitária.
“Temos de obter a garantia de que conseguimos intervir em grande escala todos os dias, de forma consciente, repetitiva e fiável”, disse Griffiths, acrescentando que os funcionários da ONU em Gaza, incluindo 14 mil trabalhadores da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), tratarão então de distribuir a ajuda para os civis.