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Hamas diz que coordena próximos passos da guerra com o Hezbollah

Ahmed Abdul-Hadi, chefe do gabinete político do Hamas no Líbano, reafirmou que o Hamas não avisou antecipadamente sobre os ataques a Israel no dia 7 de outubro

O chefe do gabinete político do Hamas no Líbano, Ahmed Abdul-Hadi, admitiu a abertura de uma segunda frente no conflito com Israel, e afirmou que o grupo xiita libanês Hezbollah está "preparado para uma grande guerra", contra Israel.

No entanto, Abdul-Hadi reafirmou que o Hamas não avisou antecipadamente sobre os ataques a Israel no dia 7 de outubro, que mataram mais de 1.400 de israelitas.
Mas, revelou que há uma cooperação contínua entre os dois grupos e que o Hezbollah está agora preparado para uma grande guerra contra Israel no norte, enquanto o Hamas combate em Gaza.

As declarações aumentam os receios de que o conflito no Médio Oriente possa estar prestes a se alastrar para duas frentes e ainda que o Irã se empenhe numa guerra total. O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, avisou hoje que Israel vai enfrentar uma "dura vingança" dos países muçulmanos após o bombardeio de ontem no hospital de Gaza.. "Começou o princípio do fim do regime sionista. Com cada gota de sangue derramada pelos palestinos, o regime sionista se aproxima mais um passo do colapso", afirmou Raisi, que acusou ainda os Estados Unidos de ser um parceiro de Israel nos crimes que estão sendo cometidos na Faixa de Gaza e de armar o exército israelita com mísseis.

"Temos relações muito fortes com o Hezbollah. Estávamos cooperando com o Hezbollah antes e depois do ataque a Israel e agora estamos em plena cooperação", disse Abdul-Hadi, acrescentando que se houver a ofensiva terrestre israelita em Gaza será um dos principais fatores que podem levar o Hezbollah a participar plenamente no conflito.

"O Hezbollah não prestará atenção às ameaças de quem quer que seja contra a sua entrada na guerra e ignorará os avisos para não se meter nela. Quando o Hezbollah quiser ou não entrar na guerra estará relacionado com a escalada israelita e com os incidentes no terreno, especialmente se Israel tentar entrar em Gaza”, destacou.

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