De acordo com o chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, tenente-general Herzi Halevi, a ofensiva terrestre à Faixa de Gaza está sendo adiada por considerações estratégicas. “O Hamas lamentará ter lançado o ataque surpresa a Israel de 07 de outubro. Nos preparamos para isso. O Exército israelita e o comando Sul prepararam planos ofensivos de qualidade para alcançar os objetivos da guerra e as tropas estão prontas para a operação. Há questões táticas e estratégicas que estão atrasando a invasão, enquanto Israel continua a atacar alvos do Hamas para matar terroristas, destruir infraestruturas e recolher informações secretas para a fase seguinte”, afirmou Halevi.
Enquanto isso, segundo o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas, os bombardeios israelitas sobre Gaza já mataram quase 6 mil palestinos, sendo 40% dos quais crianças, 22% mulheres e 5% idosos. Por seu lado, o Hamas também continua a lançar projéteis em Israel, e hoje voltaram a soar os alarmes antiaéreos no centro do país e em Tel Aviv.
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Com cerca de 360 mil reservistas convocados e um grande contingente de forças militares mobilizadas na fronteira com Gaza, uma das incógnitas das últimas semanas tem sido a data em que ocorrerá a invasão terrestre, uma coisa que é quase unanimemente dada como garantida, mas que primeiro parecia iminente e agora está sendo adiada, enquanto Israel calcula todas as implicações que terá.
Para os especialistas, entre as preocupações de uma operação terrestre estão às armadilhas que os combatentes do Hamas poderão deixar, os combates num contexto de guerrilha urbana num lugar que Israel não controla, os reféns e os quilômetros de túneis subterrâneos, o que poderia causar muitas vítimas mortais do lado israelita.