Segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), Israel deu ao hospital Al Awda, na Faixa de Gaza, somente duas horas para que o local fosse evacuado (mas o anúncio aconteceu por volta das 16h no horário de Brasília). “Condenamos inequivocamente esta ação, o contínuo derramamento de sangue indiscriminado e os ataques aos cuidados de saúde em Gaza”, acrescentou a organização. “Estamos tentando proteger nossos funcionários e pacientes”.
Na manhã desta sexta-feira (13), a diretora-geral do MSF, Meinie Nicolai, considerou a ordem dada por Israel para que cerca de 1,1 milhão de pessoas no norte de Gaza deixassem o local como ultrajante, afirmando que isso representa um ataque aos cuidados médicos e à humanidade.
“Temos visto consistentemente uma linguagem desumana e esta violência é uma manifestação disso. Estamos falando de mais de um milhão de seres humanos. Sem precedentes nem sequer cobre o impacto médico-humanitário do que isto representa. Gaza está sendo arrasada, milhares de pessoas estão morrendo, isto tem de parar agora. Condenamos a exigência de Israel nos termos mais fortes possíveis”, acusou Nicolai.