O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou nesta sexta-feira (03) qualquer "trégua temporária" sem a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro.
Pouco antes, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse ter discutido com Netanyahu a possibilidade de estabelecer "pausas humanitárias" no conflito para proteger os civis e distribuir ajuda.
Segundo o Exército israelense, pelo menos 240 reféns estão detidos pelo movimento islamita palestino.
"Israel rejeita uma trégua temporária que não inclua a libertação dos nossos reféns", declarou Netanyahu, após se reunir com Blinken em uma base militar em Tel Aviv.
Em frente ao complexo militar, cerca de 200 pessoas, incluindo muitos familiares de reféns, manifestaram-se para pedir sua "volta para casa".
"Não haverá um cessar-fogo até que levemos todos para casa", disse um dos organizadores.
Malki Shem Tov, cujo filho de 23 anos, Omer Shem Tov, foi sequestrado no festival de música "Tribe of Nova", quer ter certeza de que "o governo não iniciará nenhuma negociação" antes de ter certeza de que "eles libertarão os reféns".
[SAIBAMAIS]
"Queremos ter a certeza de que a primeira prioridade é libertar os reféns", acrescentou, pedindo a Blinken "que não pressione o governo a tomar qualquer decisão sem primeiro libertar todos os reféns".
Os manifestantes montaram um acampamento para mostrar ao governo que permanecerão o tempo que for necessário até o retorno dos reféns.