CRISE
Moçambique tem 851 mil deslocados devido à violência de grupos terroristas
dois milhões de pessoas da população de Moçambique vivem em situação de necessidade crítica de assistência e proteção
Publicado em: 17/11/2023 13:07 | Atualizado em: 17/11/2023 13:15
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| Moçambique também sofreu com a dupla passagem do ciclone tropical Freddy (Crédito: Instituto Migrações e Direitos Humanos) |
Segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, dois milhões de pessoas da população de Moçambique vivem em situação de necessidade crítica de assistência e proteção.
O número de deslocados internos pela violência provocada por grupos terroristas e o impacto dos efeitos climáticos, sendo um dos países mais afetados no mundo, cresceu para quase 851 mil em setembro. “51% dos deslocados internos são mulheres e crianças, havendo ainda registro de 571.468 repatriados, muitos deles em situações semelhantes às de deslocados internos, com más condições de vida e falta de acesso a serviços básicos", aponta o relatório divulgado na quinta-feira (16) pelo ACNUR.
Moçambique também sofreu com a dupla passagem do ciclone tropical Freddy, em fevereiro e março de 2023, um ano após o devastador ciclone tropical Gombe, que afetou mais de um milhão de pessoas, destruiu infraestruturas e deslocou cerca mais de 180 mil pessoas. “Cerca de 181.660 deslocados internos estão nessa situação por problemas relacionados com o clima após os impactos de eventos climáticos extremos, dos restantes no norte do país devido ao conflito em curso, no caso os ataques terroristas dos últimos seis anos em Cabo Delgado”, diz o documento.
O alto-comissariado defende que todos os movimentos de regresso de refugiados devem ocorrer de forma informada, segura, voluntária e digna.
