O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou aos membros do parlamento (Knesset) que Israel planeja manter o controle militar da Faixa de Gaza após a guerra e administrá-la do mesmo modo que gere a Cisjordânia ocupada.
"Depois da guerra, quando ela terminar, acho que é completamente claro que o Hamas não controlará Gaza. Israel terá controle militar, mas não terá controle civil", afirmou Gallant, durante uma reunião do comitê de assuntos exteriores e defesa do Knesset.
O governo israelita ocupa a Cisjordânia desde 1967, quando ocorreu a Guerra dos Seis Dias, envolvendo Israel e os países árabes. O conflito foi vencido pelos israelenses, que ampliaram o seu território muito além do estabelecido em 1948. Sob o governo civil parcial da Autoridade Nacional Palestina, a Cisjordânia também possui centenas de assentamentos judaicos e postos avançados que foram crescendo constantemente com o decorrer dos anos, e que são considerados pela ONU, União Européia e boa parte da comunidade internacional construções que violam a lei internacional.
Essas colônias estão dispersas pelo território palestino e nas duas últimas décadas o número de assentamentos e a população de israelenses delas dobrou, chegando a quase 500 mil.
Israel fornece serviços, água, eletricidade e proteção do Exército. Como muitas são protegidas pelas forças militares o acesso a elas é geralmente proibido aos palestinos. A política de assentamentos tem como um dos efeitos colaterais a separação e fragmentação de cidades palestinas umas das outras, dificultando as conexões de transporte e o desenvolvimento de infraestrutura no território da Cisjordânia.