Personalidades israelenses exigem destituição de Netanyahu

Nesta sexta-feira (26), um grupo de mais de 40 antigos oficiais de segurança nacional de Israel, cientistas e líderes empresarias israelitas enviaram uma carta aberta ao Presidente Isaac Herzog e ao Presidente do Parlamento israelita, Amir Ohana, na qual exige que o primeiro-ministro Benjamin Natanyahu seja destituído do cargo. Eles alegam que Natanyahu representa uma “ameaça existencial ao país”.

 

Entres os que assinaram a carta estão quatro ex-diretores dos serviços de segurança externa e interna de Israel, três vencedores do Prêmio Nobel (Aaron Ciechanover, Avram Hershko e Dan Shechtman) e dois ex-chefes das Forças de Defesa de Israel (IDF). 

 

“Acreditamos que Netanyahu é o principal responsável pela criação das circunstâncias que levaram ao massacre brutal de mais de 1.200 israelitas e outros, ao ferimento de mais de 4.500 e ao sequestro de mais de 230 indivíduos, dos quais mais de 130 ainda estão mantidos em cativeiro pelo Hamas”, explicam, acrescentando que Netanyahu “tem nas mãos o sangue das vítimas”.

 

A carta critica a coligação reunida pelo primeiro-ministro para formar Governo, o mais de extrema-direita da história do país, além dos seus esforços de reformas no sistema judicial, que levaram a falhas de segurança que, na opinião do grupo, levou aos ataques de 7 de outubro. 

 

A popularidade de Netanyahu está em baixa desde que iniciou o seu sexto mandado, há pouco mais de um ano. “Os líderes do Irã, do Hezbollah e do Hamas elogiaram abertamente o que consideraram corretamente como um processo desestabilizador e erosivo da estabilidade de Israel, liderado por Netanyahu, e aproveitaram a oportunidade para prejudicar e prejudicar a segurança de Israel”, denuncia a carta.

 

Segundo as mais recentes sondagens, se as eleições em Israel fosse hoje o partido de Netanyahu, o Likud, ficaria em segundo lugar.

 

As personalidades apelam ao afastamento imediato do primeiro-ministro. “A nação israelita e a história judaica não o perdoarão se não cumprirem a sua maior responsabilidade nacional”, dizem em aviso ao Presidente israelita e ao líder do parlamento (Knesset).