O embaixador chinês na Organização das Nações Unidas, Zhang Jun, condenou os ataques aéreos dos Estados Unidos na Síria e no Iraque. O diplomata chinês disse que estas ações militares relevantes estão, sem dúvida, desencadeando novas turbulências regionais no Oriente Médio.
“Recentemente, os EUA realizaram ataques aéreos na Síria e no Iraque, resultando num grande número de vítimas. Estas ações violam gravemente a soberania, a independência e a integridade territorial da Síria e do Iraque”, acusou Zhang, na sessão de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
Zhang declarou que a comunidade internacional tem a responsabilidade de reduzir as tensões e prevenir a escalada dos conflitos.
"Os EUA dizem que não procuram criar conflitos no Oriente Médio ou em qualquer outro lugar, mas vão na direção oposta", apontou Jun, acrescentando que a causa raiz é que o cessar-fogo e a cessação das hostilidades em Gaza não foram capazes de ser implementados.
Por outro lado, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que está novamente no Oriente Médio, diz que busca fazer progressos em várias frentes, como o acordo sobre os reféns, a coordenação do "dia seguinte" para o pós-guerra em Gaza e a tentativa de garantir que o conflito entre Israel e o Hamas não se transforma num conflito regional mais amplo.
As forças norte-americanas também realizaram novos ataques contra os rebeldes Houthis, do Iêmen, que são apoiados por Teerã.
Durante a sua viagem, Blinken reiterou que as ofensivas dos EUA na região têm sido defensivas e não uma escalada e, ainda que os ataques funcionam para dissuadir os grupos que contam com o apoio do Irã.