GUERRA

Dezenas de palestinos mortos durante distribuição de ajuda em Gaza

Civis acusam o exército israelense de disparar indiscriminadamente contra quem aguardava por um pouco de farinha junto a caminhões com ajuda alimentar

Publicado em: 29/02/2024 12:57 | Atualizado em: 29/02/2024 14:12

Ataque das forças israelenses que ocorreu na zona ocidental do território (Foto: IDF)
Ataque das forças israelenses que ocorreu na zona ocidental do território (Foto: IDF)
Na manhã desta quinta-feira (29), na Faixa de Gaza, mais de 100 pessoas morreram no momento em que estava sendo distribuída ajuda alimentar. Os civis acusam o exército israelense de disparar indiscriminadamente contra quem aguardava apenas por um pouco de farinha, e que se reuniam junto a caminhões com ajuda alimentar.
 
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, são pelo menos 104 mortos e 760 feridos neste ataque das forças israelenses que ocorreu na zona ocidental do território.
 
O Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos classificou o ataque israelense como um incidente sério. "Lamentamos a perda de vidas inocentes e reconhecemos a terrível situação humanitária em Gaza, onde palestinos inocentes estão apenas tentando alimentar as suas famílias. Este fato sublinha a importância de expandir e manter o fluxo de assistência humanitária para Gaza, nomeadamente através de um eventual cessar-fogo temporário", diz o comunicado.
 
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, condenou o que descreveu como o massacre horrível conduzido pelo exército de ocupação israelense esta manhã. “O assassinato deste grande número de vítimas civis inocentes que arriscaram a sua subsistência é considerado parte integrante da guerra genocida cometida pelo governo de ocupação contra o nosso povo. Israelenses e as autoridades de ocupação israelenses têm de assumir total responsabilidade e serão responsabilizadas por isso perante os tribunais internacionais.”, afirmou o gabinete de Abbas.
 
Egito e Jordânia também condenaram o que consideraram como um crime vergonhoso e o ataque brutal. “Condenamos os ataques brutais das forças de ocupação israelenses contra a concentração de palestinos que aguardavam ajuda em Nabulsi, perto da rua Al-Rashid, em Gaza. Consideramos que ter como alvo cidadãos pacíficos que correm para receber a sua parte da ajuda é um crime vergonhoso e uma violação flagrante do direito internacional”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Jordânia.
 
O governo do Egito declarou que foi um ataque desumano de Israel contra  palestinos desarmados. 
 
"O número de mártires aumentou para mais de 30 mil”, anunciou hoje o Ministério da Saúde de Gaza, informando ainda que pelo mais 79 pessoas morreram em ataques israelitas durante à noite. 
 
Enquanto isso, os Estados Unidos, Egito e Catar esperam obter uma trégua que permita a libertação dos reféns detidos em Gaza antes do início do Ramadã, o mês sagrado muçulmano que começa por volta de 11 de março.
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