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OEA condena invasão da embaixada do México pelo Equador

Organização exigiu que as duas partes tomem medidas imediatas para resolver este grave assunto de forma construtiva

Forças especiais da polícia equatoriana tentam invadir a embaixada mexicana em Quito para prender o ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, em 5 de abril de 2024

Nesta quarta-feira, a Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou uma resolução condenando a invasão da embaixada do México pelo Equador. O documento contou com a aprovação de 29 membros, incluindo o Brasil, e um contra, o Equador. Já El Salvador se absteve. 

A OEA exigiu a retomada do diálogo entre as duas partes em conformidade com o Direito Internacional e que tomem medidas imediatas para resolver este grave assunto de forma construtiva.

A embaixada foi invadida na semana passada por forças policiais equatorianas, onde  estava refugiado o ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, condenado pela justiça do seu país a seis anos de prisão por corrupção em um caso relacionado a empresa Odebrecht. Os policiais arrombaram as portas externas do prédio e adentraram no local. O embaixador mexicano no Equador, Roberto Canseco, denunciou a ação como um atropelo ao direito internacional, classificando-o de inaceitável e barbárie.
 
Já Glas argumentou que foi alvo de perseguições da Procuradoria-Geral do seu país e se encontrava exilado na embaixada desde dezembro do ano passado, ao ter seu pedido de asilo político concedido pela embaixada do México. 
 
Por sua vez, a chancelaria  equatoriana reagiu na ocasião ao anuncio do asilo e afirmou que o México violava os acordos de asilo político. As autoridades do Equador também asseguram que pediram permissão ao México para entrar na embaixada em Quito e prender Glas.
 
O episódio agravou uma crise diplomática que já havia entre os dois países e o México rompeu as relações com o Equador.

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