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Assessor de Netanyahu diz que conflito em Gaza vai durar mais sete meses

Tzachi Hanegbi ainda comunicou ao Conselho de Segurança israelense que as IDF já controlam 75% da zona tampão ao longo da fronteira da Faixa de Gaza

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

O assessor do primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu para assuntos de segurança nacional, Tzachi Hanegbi, afirmou que os combates da operação militar na Faixa de Gaza vão continuar em 2024, ao longo de pelo menos mais sete meses.
 
"Teremos outros sete meses de luta para garantir o que definimos como destruição das capacidades governamentais e militares do Hamas. O Exército efetua esforços tremendos e obtém grandes resultados. Além disso, há 125 pessoas que têm de regressar a casa, e trabalhamos diariamente para conseguir isso", assegurou Hanegbi.
 
O assessor governamental ainda comunicou ao Conselho de Segurança israelense que as Forças de Defesa de Israel (IDF) já controlam 75% da zona tampão ao longo da fronteira da Faixa de Gaza, conhecida também como "Corredor Philadelphi", que é uma estreita faixa de terra, com 14 km de comprimento, situada entre Gaza e o Egito.
 
“Juntamente com os egípcios, devemos garantir que o contrabando de armas seja evitado. Devemos encerrar a fronteira entre o Egito e Gaza. Ninguém se vai oferecer para nos proteger, temos de nos proteger a nós mesmos", disse Hanegbi, acrescentando que Tel Aviv permanece em contato com as autoridades do Egito e indicou que as tropas vão continuar mesmo depois de garantirem o total controle militar.
 
Hanegbi também apontou a Noruega, Espanha e Irlanda como "países hostis" pelo seu reconhecimento do Estado da Palestina, decisão que eleva para 146 o total de Estados-membros das Nações Unidas que assumiram essa posição.
 
No começo de maio, as IDF iniciaram a ofensiva terrestre na cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, onde o exército israelense diz que é o último reduto do Hamas e que existem quatro batalhões do grupo na região.
 
Desde então, segundo as nações Unidas, cerca de um milhão de palestinos refugiados  em Rafah foram forçadas a se deslocar com o avanço das tropas israelenses em direção ao centro da cidade a partir da zona leste.
 
Zona tampão

O ministro palestino da Saúde, Majed Abu Ramadan, declarou hoje na Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, que não existe qualquer indicação do governo de Tel Aviv de que a passagem de Rafah, usada para a entrada de material humanitário e médico essencial, possa ser aberta em breve. “Apelo pela abertura de caminhos seguros para entrada de combustível e material médico no território, assim como à criação de áreas hospitalares nessas áreas e a entrada urgente de equipes médicas”, pediu Ramadan. 
 
O chamado "corredor de Filadélfia", que nomeia a faixa terrestre que percorre a fronteira, ficou com o lado palestino sob controle da Autoridade Palestina a partir do "Plano de desconexão", em 2005, e com o lado egípcio mantendo o controle do outro lado fronteiriço. No entanto, o Hamas acabou por controlar a zona do enclave após assumir o poder na Faixa de Gaza depois da sua vitória em 2006, que levou a um conflito inter-palestino. Já o Egito, que mantém um acordo de paz com Israel desde 1979, já alertou o país do risco das operações na zona, em especial após o exército ter assumido o controle deste ponto de passagem junto à fronteira.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco