ENCONTRO
China anuncia visita de Putin a Pequim
Esta será a segunda visita do presidente russo à China em pouco mais de seis meses e a primeira viagem de Putin ao exterior desde a sua reeleição em março
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 14/05/2024 15:45
Vladimir Putin, presidente da Rússia (Foto: AFP) |
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, anunciou que o líder da Rússia, Vladimir Putin visitará Pequim esta semana a convite do presidente chinês Xi Jinping. “Putin estará em Pequim de quinta à sexta-feira”, acrescentou Chunying.
Esta será a segunda visita do presidente russo à China em pouco mais de seis meses e a primeira viagem de Putin ao exterior desde a sua reeleição em março. De acordo com os analistas internacionais, Moscou está cada vez mais dependente do governo chinês em temos econômicos devido as sanções comerciais impostas pelo Ocidente desde o começo da guerra contra a Ucrânia.
Por outro lado, a China refutou as críticas dos países ocidentais sobre as estreitas relações com o Kremlin e mantém uma parceria sem limites com o regime russo, uma vez que existem benefícios de importações baratas de energia russa e de acesso a vastos recursos naturais, incluindo gás natural através do gasoduto Power of Siberia.
Entretanto, os especialistas apontam que os bancos chineses já receiam as sanções norte-americanas porque podem causar um isolamento no sistema financeiro global e iniciaram um limite em seu apoio às empresas russas. “Os russos querem que a China faça mais para apoiá-los, o que a China está relutante, pois não quer comprometer a sua relação com o Ocidente”, avançou Alexander Gabuev, diretor do Carnegie Russia Eurasia Center.
De acordo com dados da alfândega chinesa, o comércio entre Moscou e Pequim aumentou substancialmente desde a invasão da Ucrânia e alcançou a marca de 240 bilhões de dólares em 2023. No entanto, com a pressão dos Estados Unidos com instituições financeiras que facilitam para a Rússia, as exportações chinesas para Moscou tiveram uma queda durante março e abril deste ano. De qualquer modo, os analistas ainda consideram que este encontro dos dois dirigentes deve resultar em novos acordos e promessas de aumento do comércio.
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