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Chuvas na África Oriental afetam 1,6 milhões de pessoas

Países mais afetados são o Quênia, Tanzânia, Somália, Etiópia, Uganda e o Burundi

Publicado em: 22/05/2024 12:25

No Quênia, as chuvas torrenciais, as inundações repentinas e os deslizamentos de terras causaram quase 300 mortos (Foto: Citizen TV Kenya/Reprodução/YouTube
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No Quênia, as chuvas torrenciais, as inundações repentinas e os deslizamentos de terras causaram quase 300 mortos (Foto: Citizen TV Kenya/Reprodução/YouTube )
Nesta quarta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) comunicou que cerca de 500 pessoas morreram, 410.350 foram obrigadas a abandonar suas casas e 1,6 milhões foram afetadas pelas chuvas e inundações em vários países da África Oriental, que atingem a região desde meados de março. Os países mais afetados são o Quênia,  Tanzânia,  Somália, Etiópia, Uganda e o Burundi.
 
De acordo com um relatório divulgado hoje pelo Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), as tempestades provocaram também danos nas fontes de água e em outras instalações, o que agravou a propagação de doenças como a cólera e o sarampo.
 
No Quênia, as chuvas torrenciais, as inundações repentinas e os deslizamentos de terras causaram quase 300 mortos, 188 feridos e 75 desaparecidos, relatou os últimos dados do governo de Nairóbi. Além disso, 278.380 pessoas tiveram que deixar as suas casas e mais de 412.760 pessoas foram prejudicados pelas cheias. "A situação das barragens e dos cursos de água em todo o país é crítica, com algumas barragens a transbordando e os diques a sofrem com a erosão", informou OCHA.
 
Autoridades da Tanzânia registraram até o momento 155 vítimas devido as inundações e quase 130 mil pessoas foram afetadas. No último domingo, a Autoridade Meteorológica do país alertou  ainda que o ciclone Ialy, no Oceano Índico, pode provocar ventos fortes, tempestades e chuvas torrenciais esta semana.
 
Na Somália, o OCHA estima que as chuvas tenham atingiu 225.760 habitantes, dos quais 38.730 precisaram sair de suas casas. "As chuvas torrenciais e as inundações provocaram a perda de meios de subsistência, como o gado e as terras agrícolas, e a destruição de pequenas empresas", acrescentou o gabinete das Nações Unidas.
 
Além disso, a Somália foi, sobretudo impactado pelos danos causados às fontes e instalações de água, saneamento e higiene, o que agravou o atual surto de cólera no país, que já notificou 10.640 casos,  sendo 120 mortais, indicou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
“Aproximadamente 58 mil pessoas fugiram das suas casas na Etiópia, onde as residências, infraestruturas públicas e as terras agrícolas estão significativamente danificadas, limitando ainda mais o acesso das pessoas aos serviços, especialmente em zonas já afetadas por conflitos, secas prolongadas ou pelo surto de cólera", diz o relatório da OCHA, que destaca que mais de 560.000 pessoas foram afetadas em todo o país, apesar da região que faz fronteira com a Somália seja a mais afetada, com pelo menos 51 mil deslocados, que vivem situações de superlotação em abrigos improvisados que aumentam o risco de alastramento de doenças transmissíveis.
 
Já em Uganda, desde o inicio das enchentes 52.190 pessoas foram prejudicadas, com  72 mortos, 537 feridos, 28 desaparecidos, além de 3.080 famílias que tiveram de abandonar as suas habitações.
 
No Burundi, mais de 239.780 pessoas foram afetadas pelas intensas tempestades e 36.900 estão sem suas casas.
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