Nesta terça-feira, o reconhecimento formal da Palestina como Estado pela Noruega, Irlanda e Espanha entrou em vigor.
"A Noruega é, há mais de trinta anos, um dos países que mais tem lutado por um Estado palestino. Hoje, quando a Noruega oficialmente reconhece à Palestina como Estado, é um dia memorável na relação entre a Noruega e a Palestina. Foi importante poder entregar uma carta formal, em mãos, ao primeiro-ministro Mohamed Mustafa. Valoriza muito o compromisso da Noruega com a Palestina e o nosso trabalho por uma solução com dois Estados. O reconhecimento é uma clara expressão de apoio às forças moderadas nos dois países", afirmou Espen Barth Eide, ministro das Relações Exteriores norueguês.
O governo da Noruega diz estar confiante em que a Autoridade Nacional Palestina continuará com a tarefa complicada de fazer reformas para governar tanto na Cisjordânia como em Gaza após o cessar-fogo. "É lamentável que o governo israelense não mostre sinais de compromisso de forma construtiva. A comunidade internacional deve aumentar o apoio econômico e político à Palestina e continuar a trabalhar por uma solução com dois Estados", acrescentou Eide.
Já o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, assegurou hoje que a Espanha vai continuar a apoiar à Palestina. “Não estamos contra Israel, vamos manter ligação. A Espanha se junta aos mais de 140 países do mundo que já reconhecem a Palestina como um Estado. Trata-se de uma decisão histórica com um único objetivo: ajudar os israelenses e os palestinos a alcançar a paz. Esta não é uma decisão contra ninguém. É a única forma de avançar para a paz. Esta decisão reflete a nossa rejeição frontal e retumbante do Hamas, que é contra a solução de dois Estados. A Espanha, como sabem, condenou desde o início os atentados terroristas de 7 de outubro, e esta condenação é o nosso compromisso absoluto na luta contra o terrorismo. Concentraremos todos os nossos esforços para que a solução dos dois Estados seja uma realidade", indicou Sánchez.
Israel condenou os anúncios de Madrid, Dublin e Oslo, argumentando que enviam a mensagem aos palestinos de que "o terrorismo compensa", numa referência ao Hamas, tendo garantido ainda que iriam existir consequências.
“A Espanha, Noruega e Irlanda vão responder de forma coordenada, serena e firme às provocações, ataques e boatos infames de Israel”, revelou Jose Manuel Albares, ministro espanhol das Relações Exteriores.
“A Irlanda reconheceu oficialmente um Estado palestino na reunião do Conselho de Ministros nesta manhã”, comunicou o governo irlandês.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, agradeceu, hoje, o reconhecimento oficial da Palestina por parte de três países europeus, uma decisão que qualificou de corajosa e que demonstra um consenso internacional para pôr fim ao conflito na Faixa de Gaza. “A Presidência Palestina saúda as corajosas e ousadas posições políticas europeias, especialmente aquelas adotadas pela Espanha, Irlanda e Noruega que reconheceram o Estado da Palestina”, expressou Abbas.
Leia a notícia no Diario de Pernambuco