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Rússia começa manobras militares com armas nucleares perto da Ucrânia

O Ministério da Defesa publicou imagens que mostram caminhões transportando mísseis para um campo, onde foram preparados sistemas de lançamento

Forças de mísseis realizando exercícios táticos de armas nucleares no distrito militar do sul da Rússia

Moscou anunciou hoje que deu início aos exercícios com armas nucleares táticas, próximo a Ucrânia. “Estas manobras, que ocorrem no distrito militar sul, junto à fronteira com a Ucrânia, têm como objetivo verificar a disponibilidade de armas nucleares não estratégicas, para garantir a integridade territorial e a soberania do Estado russo. Os exercícios são uma resposta às declarações provocatórias e às ameaças de alguns responsáveis ocidentais", diz o comunicado do Ministério da Defesa russo.
 
O Ministério da Defesa também publicou imagens que mostram caminhões transportando mísseis para um campo, onde foram preparados sistemas de lançamento e tropas num campo de aviação montando um bombardeiro para conduzir uma ogiva nuclear. “Se trata da primeira fase dos exercícios, que englobam a prática do carregamento de veículos de lançamento, a condução para locais de lançamento designados e o carregamento de aviões com mísseis hipersônicos Kinzhal”, disse a pasta ministerial, mas sem informar se havia sido efetuado algum teste de disparo.
 
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, determinou os exercícios no começo deste mês, após declarações de líderes do Ocidente sobre o conflito na Ucrânia terem desencadeado desaprovação e críticas do Kremlin. Entre eles, as falas do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre a necessidade dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não excluírem o envio de tropas a Ucrânia e ainda do chanceler britânico, David Cameron, que avaliou que Kiev tinha o direito de disparar mísseis ocidentais contra o território russo.
 
O Distrito Militar do Sul da Rússia é o centro de comando da ofensiva militar na Ucrânia, com sede em Rostov-on-Don, a 60 quilômetros da fronteira com a Ucrânia e inclui também partes do país que a Rússia afirma ter anexado, como as regiões da Crimeia, Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporójia.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco