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No dia Mundial para a Liberdade de Imprensa, UNESCO premia jornalistas palestinos

Prêmio Mundial para a Liberdade de Imprensa da UNESCO foi concedido a todos os jornalistas palestinos que cobrem o conflito na Faixa de Gaza

UNESCO é a organização das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura

Nesta sexta-feira, que assinala a data do Dia Mundial para a Liberdade de Imprensa, o Prêmio Mundial para a Liberdade de Imprensa da UNESCO, organização das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura, foi concedido a todos os jornalistas palestinos que cobrem o conflito na Faixa de Gaza. 
 
“Nestes tempos de escuridão e desordem, desejamos enviar uma forte mensagem de solidariedade e reconhecimento aos jornalistas palestinos que cobrem esta crise em circunstâncias dramáticas. A humanidade tem uma dívida imensa para com eles, pela sua coragem e pelo seu compromisso com a liberdade de expressão”, declarou Mauricio Weibel, presidente do júri internacional de profissionais da comunicação social.
 
A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay a organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura, também destacou a importância da mobilização coletiva para que os jornalistas, em todo o mundo, possam continuar a realizar o seu trabalho essencial de informação e investigação.
 
Já a Anistia Internacional (AI) afirmou que a atividade jornalística continua a ser um verdadeiro ato de coragem em muitas partes do mundo, recordando ainda os profissionais que foram vítimas da guerra em Gaza. “Que a liberdade para informar vença sempre os ataques a que está sujeita”, disse a AI, acrescentando o papel crucial dos jornalistas e os perigos que ainda enfrentam a nível global.
 
Em um comunicado, a AI alertou sobre os números do Comitê para a Proteção dos Jornalistas, que registram até o momento 97 jornalistas mortos desde o começo do conflito em Gaza. Deste total, 92 eram palestinos, dois israelitas e três libaneses, que segundo o Comitê, nos últimos 30 anos, nenhuma outra guerra tirou a vida de tantos jornalistas em tão curto espaço de tempo.
 
Além disso, pelo menos 45 jornalistas palestinos já foram detidos sob custódia das autoridades de Israel, dos quais 23 se encontram em detenção administrativa e outros estão desaparecidos.  “É difícil obter informações em primeira mão sobre o que se passa na Faixa de Gaza, uma vez que Israel impediu a imprensa internacional de entrar no enclave palestino desde o início da guerra”, aponta o Comitê para a Proteção dos Jornalistas.
 
Este ano, o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa é dedicado à importância do jornalismo e à liberdade de expressão, no contexto da atual crise ecológica mundial. 

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