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Recorde de deslocados no mundo ultrapassa 117,3 milhões de pessoas

Somente no final do ano passado, cerca de 117 milhões de pessoas já estavam deslocados em todo o mundo, quase o dobro do que existia a uma década

Campo para deslocados em Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza

A agência da Organização das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), afirmou nesta quinta-feira que o número de pessoas deslocadas em todo o mundo bateu novos recordes este ano, contabilizando mais de 117,3 milhões, com a guerra na Faixa de Gaza e os conflitos no Sudão, Ucrânia e Mianmar forçando mais pessoas a fugir de suas casas.
 
“A guerra continua a ser um grande impulsionador dos deslocamentos em massa”, declarou Filippo Grandi, chefe do ACNUR.
 
Segundo o relatório anual da ACNUR realizado juntamente com a agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), somente no final do ano passado cerca de 117 milhões de pessoas já estavam deslocados em todo o mundo, quase o dobro do que existia a uma década. Do qual deste total, 40%, aproximadamente 47 milhões de pessoas, são crianças. Até o fim de 2023, uma em cada 69 pessoas globalmente ou 1,5% de toda a população mundial, estava deslocada à força. Em Gaza, o número corresponde a 1,7 milhões de palestinos, mais de 75% da população do território, que se deslocou devido aos ataques das forças israelenses. 
 
OMS alerta sobre desnutrição infantil em Gaza
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também revelou que mais de oito mil crianças com menos de cinco anos foram tratadas por subnutrição aguda em Gaza, sendo que 28 morreram.  A maior parte da população do enclave ainda enfrenta atualmente um nível catastrófico de escassez de alimentos e condições de quase inanição, de acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
 
“Apesar das informações que dão conta de um aumento da distribuição de alimentos, nada atualmente prova que os mais necessitados estejam a receber alimentos em quantidade e qualidade suficientes”, disse Tedros.
 
Além disso, mais de 330 mil toneladas de lixo se acumulam nas regiões mais povoadas de Gaza. “Os resíduos representam riscos catastróficos para o ambiente e para a saúde. As crianças vasculham o lixo diariamente”, alertou a UNRWA.
 
A agência das Nações Unidas ainda reiterou o seu apelo a um cessar-fogo e reafirmou que é crucial para restaurar condições de vida humanas no território palestino.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco