Rússia usa pela primeira vez bomba de três toneladas contra a Ucrânia

De acordo com a agência estatal de notícias russa TASS, o exército da Rússia usou pela primeira vez uma bomba planadora de três toneladas contra tropas ucranianas na região de Kharkiv, na cidade ucraniana de Liptsi, perto da fronteira russa, no nordeste do país.

 

As forças russas somente tinham até agora usado bombas planadoras de 500 e 1.500 quilos, que também são extremamente destrutivas e se revelaram decisivas na tomada de Avdivka. Já as bombas de três toneladas são equipadas ainda com um sistema de deslizamento e correção, que permite aos aviões russos atacar alvos a uma distância de cerca de 70 quilômetros, evitando assim as defesas antiaéreas inimigas.

 

Os militares russos também publicaram um vídeo da alegada utilização desta bomba contra o edifício utilizado como abrigo pelos soldados ucranianos, mostrando uma detonação que cobria uma área considerável. A bomba tem um raio de destruição efetivo de 230 metros e outro de explosão de até 1.200 metros, e caiu a 10 metros do alvo.

 

Até o momento, não se tem conhecimento do número de vítimas.

 

 

O leste da Ucrânia também sofreu um ataque russo de grande escala nas suas instalações de distribuição de eletricidade, que  ficaram danificadas. Segundo a empresa privada DTEK e o operador nacional Ukrernergo, três pessoas ficaram feridas e as ofensivas contra a infraestruturas civis de energia, que aconteceu durante a madrugada, atingiu os equipamentos das instalações de Vinnytsia, Dnipropetrovsk, Donetsk e na região de Kiev. A Força Aérea ucraniana ainda acrescentou que a Rússia disparou nove mísseis e 27 drones de fabricação iraniana, mas que quase todos os mísseis, exceto quatro, foram abatidos.

 

"Mais uma noite difícil para a indústria energética ucraniana. Os russos atacaram uma das centrais térmicas da DTEK", anunciou em um comunicado a empresa. Este foi o sétimo ataque a centrais elétricas ucranianas nos últimos três meses.

 

Moscou lançou nos últimos meses fortes ataques que visam os principais centros de produção e de distribuição de eletricidade da Ucrânia e destruindo, de acordo com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, metade da capacidade energética do país. O governo de Kiev tem apelado aos países aliados do ocidente para que forneçam mais defesas antiaéreas e ainda ajude na reconstrução da rede de eletricidade, um projeto que exige altos investimentos.