A Anistia Internacional (AI) advertiu que o TikTok está se tornando um espaço cada vez mais tóxico e viciante, e potencializa o risco de os jovens acessarem conteúdos depressivos e relacionados com a automutilação.
A AI considerou que o TikTok se comercializa como uma plataforma online de entretenimento, criatividade e comunidade, mas está progressivamente se transformando em um ambiente tóxico e que gera dependência, o que pode ter impacto na autoimagem, na saúde mental e no bem-estar dos usuários mais jovens, correndo o risco de fazê-los cair nas armadilhas de conteúdos depressivos e relacionados com a automutilação", defende a ONG.
Em resposta, a plataforma de vídeos chinesa TikT contestou as críticas e denúncias da AI e afirmou que realiza um trabalho que cria várias experiências de visualização, além de remover conteúdo que violem as políticas da empresa. “Os especialistas investigaram os vídeos analisados pela Anistia Internacional e concluíram que a maioria dos conteúdos (73%) não estava de todo relacionada com saúde mental. Dos vídeos que faziam referência à saúde mental, a maioria se centrava na partilha de experiências vividas, sem as romantizar. Isso demonstra a eficácia do trabalho do TikTok para criar diversas experiências de visualização e, ao mesmo tempo, remover conteúdo que viola as nossas políticas", diz a nota da plataforma digital.
Por sua vez, a AI apontou também que o modo intrusivo de privacidade do TikTok para gerar lucro rastreia tudo o que o usuário faz na plataforma para recolher informações sobre os seus comportamentos, buscando prever os seus interesses, estado emocional e bem-estar.
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