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Campanha de Biden anuncia ações voltadas ao eleitorado latino

Mais de 30 milhões de latinos poderão votar nas eleições de novembro

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira (17) medidas voltadas para a educação e imigração, de olho no voto latino, crucial para as eleições de novembro.

 

Mais de 30 milhões de latinos poderão votar nas eleições, um número superior ao de afro-americanos, estima o instituto Pew Research Center. Os latinos votaram majoritariamente nos democratas no passado, mas não se trata de um voto monolítico, e a diferença com relação aos republicanos segue se estreitando.

 

A equipe de Biden sabe disso e anunciou hoje várias ações destinadas a esse eleitorado, que se somam a uma campanha de propaganda agressiva lançada há meses em inglês, espanhol e "spanglish".

 

A Casa Branca afirmou que os "sonhadores", como são chamados os imigrantes que chegaram aos Estados Unidos quando eram criança, serão incluídos no programa federal TRIO, que fornece apoio a estudantes de baixa renda ou com deficiência.

 

Isso beneficiará "aproximadamente 50 mil estudantes a mais" por ano e permitirá que "outros milhares" ingressem em uma universidade, ressaltou em comunicado emitido horas antes de um comício previsto em Las Vegas, que Biden cancelou ao testar positivo para covid-19.

 

O presidente decepcionou muitos latinos ao descumprir sua promessa de conceder cidadania a milhões de pessoas que vivem ilegalmente nos Estados Unidos há anos. Embora os latinos estejam muito preocupados com o poder aquisitivo, segundo as pesquisas, eles também se interessam pela crise migratória, contra a qual Biden, pressionado pelos republicanos, que o acusam de ineficiência, tomou medidas duras nas últimas semanas.

 

O presidente restringiu em junho a entrada de imigrantes pela fronteira com o México, no momento em que havia mais de 2.500 cruzamentos irregulares na média de sete dias. Para compensar, anunciou uma série de medidas desde então.

 

 [SAIBAMAIS]

 

O Departamento de Justiça colocará advogados voluntários à disposição de tribunais de migração para ajudar quem não tem representação legal em Hyattsville (Maryland), Nova York e Atlanta, informa o comunicado. Esse serviço já é oferecido em San Francisco, Nova Orleans e Chicago.

 

Além disso, o Departamento de Segurança Interna prestará "assistência relacionada à imigração às comunidades locais, inclusive em áreas rurais e negligenciadas", acrescenta. Trata-se de apoio para as entrevistas de naturalização e informações sobre os processos migratórios, entre outros.

 

Semanas atrás, Biden acelerou a concessão de vistos de trabalho a graduados em centros de educação superior americanos, o que beneficia os "sonhadores". Também decidiu simplificar o processo para que os imigrantes casados com americanos, além de seus filhos, possam obter a permissão de residência, o famoso 'green card', sem precisar sair do país para solicitá-la se moram há pelo menos 10 anos nos Estados Unidos. Poderão solicitá-la a partir de 19 de agosto, anunciou hoje a Casa Branca.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco