Em Washington, Netanyahu se reunirá com Biden e a vice-presidente dos EUA

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que se encontra nos Estados Unidos, irá se reunir com o presidente norte-americano Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris, além de ainda discursar no Congresso, em Washington, na quarta-feira.

Um dos pontos centrais da agenda do encontro entre os líderes são um esperado avanço e definição nas conversações sobre as negociações para um cessar-fogo e a libertação dos reféns em Gaza. Os EUA têm pressionado, como principal aliado de Israel, que seja concluído um acordo após quase dez meses desde o início da guerra. 

 

Segundo relataram assessores da vice-presidência, Kamala pretende reforçar a Netanyahu o compromisso dos EUA com o direito de Israel de se defender contra o Hamas, no entanto avalia que chegou a hora de dar um fim ao conflito. De acordo com um assessor citado pelo jornal New York Times, a proposta é que a guerra precisa terminar de uma forma em que Israel esteja seguro, todos os reféns sejam libertados, o sofrimento dos civis palestinos em Gaza acabe e o povo palestino possa usufruir do seu direito à dignidade, liberdade e autodeterminação.

 

Enquanto isso, o gabinete de Netanyahu comunicou hoje que o primeiro-ministro disse às famílias dos reféns que um acordo que garantiria a libertação deles pode estar próximo.

Além disso, um dos objetivos da visita de Netanyahu, que ocorre num momento de escalada das tensões no Oriente Médio, também é discutir a situação dos rebeldes iemenitas Houthis e o Hezbollah libanês, ambos aliados do Irã, que abriram uma frente contra Israel em apoio aos palestinos. Para a Casa Branca, os Houthis também representam uma ameaça frequente, uma vez que enfrentam há meses ataques do grupo no Mar Vermelho aos seus aliados. 

 

Antes do deslocamento, Netanyahu considerou que a visita a Washington é muito importante numa ocasião de grande incerteza política, em referência a desistência de Biden a se recandidatar.  “Tentarei consolidar o apoio bipartidário que é tão importante para Israel”, disse o premiê israelita.