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"Estão tentando impor um golpe de Estado na Venezuela", diz Maduro sobre oposição

Oposição não reconhece reeleição de Maduro para um novo mandato de seis anos

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro

O presidente Nicolás Maduro denunciou, nesta segunda-feira (29), que "estão tentando impor um golpe de Estado na Venezuela", depois que a oposição não reconheceu sua reeleição para um novo mandato de seis anos.

 

"Estão tentando impor novamente um golpe de Estado de caráter fascista e contra-revolucionário na Venezuela", disse Maduro no ato do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), no qual foi proclamado vencedor das eleições de domingo. "Estão ensaiando os primeiros passos fracassados para desestabilizar a Venezuela e para impor outra vez um manto de agressões e dano à Venezuela", acrescentou.

 

 

Protestos

 

Centenas de pessoas protestam, nesta segunda-feira (29), em bairros populares de Caracas contra a contestada reeleição do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, constataram jornalistas da AFP.

 

"E vai cair, e vai cair, este governo vai cair!", gritavam os manifestantes na gigantesca favela de Petare, a maior de Caracas. Em Catia, outro setor popular do outro lado da cidade, foi registrada outra manifestação, acompanhada de perto por policiais.

 

 [SAIBAMAIS]

 

ONU pediu transparência antes divulgação dos resultados

 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu, antes da divulgação dos resultados, a "transparência total" na contagem dos votos da eleição presidencial venezuelana e uma "repartição por colégios eleitorais", depois de a oposição ter questionado a reeleição de Nicolás Maduro, anunciou o seu porta-voz. 

 

A autoridade nacional venezuelana proclamou oficialmente Maduro vencedor da eleição presidencial venezuelana.

 

"O secretário-geral apela à total transparência e incentiva a publicação pontual dos resultados eleitorais e a repartição por colégios eleitorais", afirmou Stéphane Dujarric mais cedo em um comunicado. 

 

"As autoridades eleitorais devem realizar seu trabalho de forma independente e sem interferências para garantir a livre expressão da vontade do eleitorado", acrescentou, após felicitar o povo venezuelano "por sua determinação de expressar pacificamente sua vontade através das urnas" nas eleições de domingo. 

 

"Estamos cientes do anúncio feito pelas autoridades eleitorais, assim como das preocupações expressadas pelos atores políticos e pelos membros da comunidade internacional". 

 

Guterres confia "que todas as controvérsias eleitorais sejam abordadas e resolvidas pacificamente e faz um apelo à moderação a todos os dirigentes políticos venezuelanos e a seus partidários". 

 

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, se proclamou vencedor para um terceiro mandato consecutivo de seis anos após as eleições de domingo, em meio a denúncias de fraude. A oposição reivindicou a vitória de seu candidato, Edmundo González Urrutia. 

Leia a notícia no Diario de Pernambuco